Um estudo levado a cabo por um investigador australiano apurou que nos últimos cinco anos mais de 2 mil pessoas, entre surfistas e banhistas (1526 surfistas + 516 banhistas/bodysurfers), acabaram por dar entrada no hospital devido a incidentes resultantes do surf. 

A amostra foi recolhida no Hospital Universitário da Gold Coast, um dos que serve de referência na região, e revela que pelo menos um surfista e/ou banhista foi atendido nas Urgências aos longo dos 365 dias que compõem o ano. O motivo, claro, prende-se com o crowd, a exagerada quantidade de gente na água, seja a surfar, a apanhar ondas com o corpo ou simplesmente ao banho. 

O estudo visou, essencialmente, apurar as principais causas das lesões nas praias australianas e também o custo que tal significa para os contribuintes no que refere aos tratamentos médicos.

Confere os dados: 

- 15% (320 casos) apresentou cortes no rosto ou cabeça devido às quilhas;

- 7% foram entorses;

- 6% apresentou cortes nos membros inferiores; 

- 3% foram fraturas. 

Um dado curioso ficou por conta dos banhistas (bodysurfers incluídos), cuja lesão mais comum foi no pescoço e que, no total, apresentaram quase 8 vezes mais chances de contrair uma lesão nesta zona do corpo quando comparados com os números dos surfistas (que estão definitivamente sujeitos a mais lesões, na ordem de 3x mais segundo o estudo). 

Em 157 pacientes atendidos neste hospital, por exemplo, 27 banhistas/bodysurfers apresentaram fraturas graves na coluna vertebral. 

O Instituto de Saúde de Queensland estima que, por contribuinte, a despesa a pagar seja na ordem dos 650 dólares australianos por paciente.