Guerra aberta: Piscina do Texas é o palco de treinos oficial da América!
A resposta da USA Surfing ao Surf Ranch…
O ambiente começa a aquecer. Ontem, saiu a notícia de que o Japão vai receber, ainda este ano, uma piscina de ondas artificiais munida da tecnologia do Surf Ranch. Ora, o Surf Ranch é pertença da World Surf League e por estes dias recebeu a visita da seleção australiana para uns alguns dias de treino com vista a preparar, entre outros, a participação nas próximas Olimpíadas (Tóquio 2020).
Olimpíadas que, refira-se uma vez mais, vão decorrer nas ondas do oceano… a não ser que seja dado o dito por não dito e que os responsáveis dos Jogos Olímpicos voltem com a palavra atrás. O que, aliás, pode acontecer.
Certo é que a construção de um Surf Ranch pode querer dizer ou deixar adivinhar algo mais, e pode até atuar como medida de pressão para que a competição mude definitivamente para um novo palco. Certo é também o facto de a WSL e a ISA terem embarcado numa parceria para colocar o surf entre o leque de modalidades do Jogos Olímpicos.
Pois bem, nesta aparente "guerra" de ondas artificiais, à margem dos joguinhos de interesse (ou não), surgiu hoje a notícia de que a USA Surfing (federação norte-americana de surf) nomeou, oficialmente, a piscina de ondas de Waco, situada no Texas, como palco de treinos da seleção para os próximos três desafios que estão em agenda: o ISA World Surfing Games em Tahara, no Japão, em setembro; o ISA World Junior Surfing Championships em Huntington Beach, Califórnia, em outubro; e os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.
O responsável máximo da USA Surfing, Greg Cruse, optou pela piscina do Texas em detrimento do Surf Ranch de Kelly Slater de Lemoore e explica a medida afirmando que a piscina de Waco tem todas as condições e faz parte de um plano de treino que visa preparar os atletas para as condições de beach breaks. E o certo é que todos os eventos citados vão ter lugar em praias de fundo de areia.
“A tecnologia permite a repetição, ondas quase à medida que são perfeitas para treinar. Com a capacidade de produzir três ondas por minuto, em intervalos de 12 segundos e com diferentes configurações de ondas à distância de um botão, sejam esquerdas ou direitas, com uma secção perfeita para aéreos, esta onda oferece às equipas dos Estados Unidos a oportunidade de treinar num ambiente que imita de perto as condições do oceano”, justificou Greg Cruse.
Falta agora saber o papel da Wavegarden, que tem projetos a decorrer em Inglaterra e na Austrália, no meio de tudo isto. Afinal de contas, a Wavegarden foi quem desbravou caminho no campo das ondas artificiais. Vai ficar de fora?