Kelly Slater apoia decisão da WSL, mas…
O maior surfista de todos os tempos fala sobre a polémica…
Numa recente entrevista à ABC News Australia, Kelly Slater mostrou-se em sintonia com a decisão tomada pela World Surf League em cancelar o Margaret River Pro devido à ameaça de tubarões.
“Eu apoio a decisão [da WSL]. Apenas posso falar por mim, se estivesse na competição eu escolheria surfar. No entanto, há um mês, cerca de 100 baleias deram à costa a 20 minutos a sul de Margaret. Tenho certeza que isto trará mais tubarões à região nos próximos meses e anos. Portanto, talvez os dois incidentes com tubarões do outro dia seja uma repercussão do problema que poderão a ter no oeste no futuro próximo. Eu espero que não, mas vamos ver”, disse o 11x campeão mundial de surf referindo-se ao arrojamento massivo de baleias em Hamelin Bay, a alguns km de distância, que muito provavelmente acentuou a atividade dos predadores.
Contudo, o maior surfista de todos os tempos, não se ficou por aqui e passou a levantar alguma polémica quando referiu que pode ter existido um segundo motivo para os atletas terem decidido não levar o campeonato por diante.
Segundo KS, “Existem algumas teorias de quem queria e não queria surfar e o impacto que isso iria trazer para as contas do ranking. As vozes que mais se levantaram contra a realização da prova não têm um registo brilhante em Margaret River, portanto, podemos ficar a pensar se a verdadeira causa foi efetivamente o medo de surfar”.
Kelly Slater estaria a referir-se, muito seguramente, a Italo Ferreira e Gabriel Medina que foram os primeiros a tornar públicos os seus sentimentos e medos, que passariam assim a retirar proveito da situação uma vez que o historial de resultados em Margaret River não joga a favor.
Por fim, numa última nota, quem também não gostou do cancelamento da prova e da atitude dos atletas foi o Ministro do Turismo da Austrália Ocidental, Paul Papalia. O próprio considerou que os surfistas deveriam ter surfado. Ponto. E criticou ainda os comentários públicos feitos pelos atletas e referiu não ter ficar propriamente seduzido pela decisão da WSL em terminar o evento - o que, segundo ele, coloca em risco o negócio da World Surf League.