Japão passa a estar representado no World Tour
Kanoa Igarashi muda oficialmente a nação que representa…
Depois de ontem termos falado sobre isso, eis que hoje surgiu a confirmação oficial por parte da World Surf League. Kanoa Igarashi, 20 anos, passa a representar o Japão em todas as frentes competitivas.
O camisola número 50 da World Surf League, de Huntington Beach, Califórnia, deixa assim de representar as cores americanas e passa a figurar no perfil de atleta como japonês. Kanoa, que tem dupla nacionalidade, decidiu mudar o país que representa com vista a participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 que vão ter, pela primeira vez, a disciplina de Surf.
“Vou representar o Japão este ano no Championship Tour. Estou orgulhoso por surfar pelo Japão. Os meus pais são japoneses, toda a minha família é japonesa. Tenho muitos fãs e apoio por lá. Não temos surfistas japoneses no CT, portanto, isto é algo com que eles podem vibrar e participar, fazendo parte da WSL. Tenho a certeza que eles estão muito excitados. A minha família está maravilhada”, explicou.
Com esta mudança, Igarashi torna-se automaticamente o primeiro surfista nipónico no CT da WSL. Em 2016, se bem se recordam, Kanoa juntou-se ao Tour com 17 anos, o mais novo membro de sempre, e tem vindo a provar que é um dos surfistas da próxima geração do surf. Nos últimos anos tem feito parte do Top 20 e conseguido alguns feitos importantes, como a vitória no Vans US Open of Surfing em 2017 e o segundo lugar no Billabong Pipe Masters em 2016.
“Quero competir nas Olimpíadas e representar o Japão. Cresci a competir pelos EUA e tenho muito apoio, mas esta é uma parte diferente da minha carreira. As Olimpíadas são a maior competição de todos os desportos e é algo que sonhamos fazer em miúdos. Eu nunca pensei que, como surfista, fosse possível. É um momento muito excitante para o Surfing. Vou dar o melhor, da melhor maneira possível, a representar o Surfing”, terminou por dizer.
Entretanto, fala-se já que outros surfistas do WT que possuem dupla nacionalidade, como é por exemplo o caso de Tatiana Weston-Webb, que compete pelos Estados Unidos, poderá assumir a nacionalidade brasileira também com os Jogos Olímpicos em mente.
Relativamente a números, o Championship Tour (masculino e feminino) está agora distribuído da seguinte forma:
Austrália - 14 presenças (8 masculino + 6 feminino)
Brasil - 12 presenças (11 masculino + 1 feminino)
EUA - 9 presenças (6 masculino + 4 feminino)
Havai - 8 presenças (4 masculino + 4 feminino)
França - 3 presenças (2 masculino + 1 feminino)
Portugal - 1 presença (1 masculino + 0 feminino)
África do Sul - 1 presença (1 masculino + 0 feminino)
Taiti - 1 presença (1 masculino + 0 feminino)
Japão - 1 presença (1 masculino + 0 feminino)
Nova Zelândia - 1 presença (0 masculino + 1 feminino)
Número de presenças por regiões do globo:
América - 21 presenças
Austrália/Oceania - 16 presenças
Havai/Taiti - 9 presenças
Europa - 4 presenças
África - 1 presença
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Vê aqui os nomes que compõem a elite mundial em 2018.
Vê aqui o número de países do Top 100 da Qualifying Series em 2017.
Vê aqui as declarações de Frederico Morais às mudanças na Championship Tour.
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