Com o término do Port Stephens Toyota NSW 2017 (QS6,000), 40.ª etapa do WQS feminino, vencido pela francesa Johanne Defay e onde a portuguesa Teresa Bonvalot assinalou um incrível 5.º lugar; ficaram também conhecidas as contas finais do ranking mundial de qualificação. 

Vale realçar que, no que diz respeito ao circuito mundial de qualificação feminino, apenas os seis primeiros lugares se qualificam ao World Tour. No entanto, como ainda falta realizar uma etapa do Women’s World Tour (em Maui, entre 25 de novembro e 6 de dezembro), é bem possível que uma ou outra surfista consiga a qualificação dupla (via CT e QS) e assim abra espaço a uma nova surfista da Qualifying Series. 

Um desses casos beneficiou, precisamente, Caroline Marks. Apesar do seu sétimo lugar no ranking, a norte-americana de 15 anos usufruiu do facto de duas surfistas que se encontravam à sua frente já estarem qualificadas via CT, abrindo assim espaço para que os sétimo e oitavo lugares preenchessem as suas vagas - a neozelandesa Paige Hareb, que já competiu durante seis temporadas no CT, preencheu a segunda vaga. 

Caroline Marks, por sua vez, começou a dar nas vistas aos 13 anos, quando venceu a divisão Pro Junior do Vans US Open of Surfing. Esse resultado levou-a a competir no CT de Lower Trestles, em 2015, tornando-se na mais jovem surfista de sempre a fazê-lo. 

Treinada por Mike Parsons há mais de um ano, que treina também Lakey Peterson e Kolohe Andino, Caroline divide o seu tempo há já alguns anos entre a Flórida, de onde é natural, e San Clemente, na Califórnia. Tudo para que possa apanhar as melhores ondas e acompanhar a evolução do desporto. 

A temporada de 2017 foi a primeira a sério para ela no WQS tendo conseguido um 2.º lugar no Pantin Pro in Galicia (QS6,000), em Espanha, e um 3.º no Supergirl Pro, na Califórnia. 

Caroline Marks será a única “rookie” no World Tour feminino em 2018 e também a mais jovem surfista a competir na elite mundial. 

A armada lusa no ranking

No ranking mundial de qualificação feminino, a campeã nacional Carol Henrique é a mais bem classificada. Ela terminou na 26.ª posição e venceu o Pro Zarautz (QS1,500). Teresa Bonvalot, usufruindo do 5.º lugar conseguido na Austrália, ascendeu ao 30.º lugar. Camilla Kemp, por sua vez, com um 2.º lugar no Jordy Smith Cape Town Surf Pro (QS1,000), terminou a época em 67.º lugar. As restantes atletas lusas terminaram fora do top 100.