À imagem da etapa anterior, também o último dia de competição do Billabong Pro Tahiti foi pleno de surpresas e muita ação em Teahupoo. A Polinésia Francesa voltou a debitar ondas de 1,5m, por vezes bem inconsistentes, cumprindo a etapa em três dias consecutivos, face a uma previsão pouco comum e claramente desfavorável relativamente a ondas. 

Vamos por partes. Os rookies voltam a estar de parabéns. O australiano Connor O’Leary alcançou o Round 5, enquanto o francês Joan Duru registou uma presença nos quartos de final. No ranking, O’Leary manteve-se em 10.º lugar, mas Duru subiu seis lugares e está agora em 16.º lugar. 

Tal como em 2016, Matt Wilkinson, o líder do rankling, voltou a perder a camisola amarela a meio do ano. O australiano não logrou passar do Round 5, foi inesperadamente eliminado pelo brasileiro Wiggolly Dantas e abriu espaço para um novo atleta tomar as rédeas do World Tour. 

Jordy Smith, John John e Owen Wright receberam essa boa nova com agrado e espreitaram a oportunidade de passar para a frente. No entanto, Wright e Florence não superaram os confrontos dos quartos de final e deixaram a porta aberta para Jordy Smith. O sul-africano alcançou as meias finais do evento e terminou em 3.º lugar, posição suficiente para o deixar na frente do WSL Men’s Jeep Leaderboard (ranking mais abaixo). 

Na disputa final desta sétima etapa, entre Julian Wilson e Gabriel Medina, foi o australiano que esteve um pouco melhor, vencendo por uma margem curta, 18.96 vs. 17.87 pontos. Com esta vitória, a primeira da temporada e a terceira em CT's na carreira (venceu em Peniche em 2012 e em Pipe em 2014), Wilson sobe três lugares e está agora em quinto lugar da geral. Já Medina, como se esperava, manteve a senda de boas atuações na rainha do Taiti e subiu duas posições, encontrando-se agora em 7.º lugar. 

John John, no entanto, mantém-se de pedra e cal no 2.º lugar do ranking estando a 950 pontos do líder. Já o 25.º lugar obtido por Frederico Morais não foi vantajoso para o português forçando este a cair dois lugar, para 14.º da tabela. 

Nota especial para o troféu Andy Irons (Andy Irons Most Committed Performance Award) entregue pela segunda vez a John John Florence depois de este já o ter conquistado em 2013 pela primeira vez. O troféu é entregue todos os anos ao surfista mais comprometido e de destaque no Billabong Pro Tahiti. Além do havaiano, também Kelly Slater (2016), C.J. Hobgood (2015), Owen Wright (2014), Ricardo dos Santos (2012) e Jeremy Flores (2011) já haviam recebido a distinção. 

A próxima paragem do World Championship Tour é o Hurley Pro at Trestles, entre 6 e 17 de setembro. O tour está animado, pois só este ano regista sete campeões diferentes em sete etapas (Owen Wright na Gold Coast, John John em Margaret River, Jordy Smith em Bells Beach, Adriano de Souza no Rio, Matt Wilkinson em Fiji, Filipe Toledo em J-Bay e agora Julian Wilson no Taiti). Aceitam-se apostas para a Califórnia! 

Ranking mundial (após Billabong Pro Tahiti):

1 - Jordy Smith (ZAF) 37,850 pts

2 - John John Florence (HAW) 36,900 pts

3 - Matt Wilkinson (AUS) 35,950 pts

4 - Owen Wright (AUS) 35,350 pts

5 - Julian Wilson (AUS) 33,200 pts