CASO KAUAI: A EXPLICAÇÃO DE MARK ZUCKERBERG segunda-feira, 23 janeiro 2017 13:09

CASO KAUAI: A EXPLICAÇÃO DE MARK ZUCKERBERG

CEO da maior rede social fala do caso da propriedade de Kauai… 

 

Uma das notícias da semana passada foi precisamente aquela que mencionava que Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, se encontrava a processar uma série de nativos havaianos relativamente a uma propriedade que havia adquirido há uns tempos na ilha de Kauai. Ler mais sobre o assunto aqui

 

A notícia correu meio mundo, como seria de esperar, e gerou uma onda de protestos por todo o lado, nomeadamente na comunidade de Kauai que por estes dias não pode ouvir falar do bilionário das novas tecnologias. 

 

Entretanto, o assunto chegou aos ouvidos de Mark Zuckerberg (não havia como não chegar, com o Facebook e tudo o mais hoje em dia! LOL) e este apressou-se a esclarecer a situação. Fê-lo, como não poderia deixar de ser, no Facebook: 

 

“Tem havido algumas histórias enganadoras sobre os nossos planos no Havai. Portanto, quero esclarecer a situação. 

No mês passado eu postei algo sobre um terrano que eu a Priscilla comprámos no Havai. Nós queremos criar uma casa na ilha e ajudar a preservar a vida selvagem e a sua beleza natural. 

O terreno é feito de algumas propriedades. Em cada caso, trabalhámos diretamente com a maior parte dos donos de cada propriedade e encontrámos um valor que eles acharam ser justo. 

Tal como a maior parte das transações, a maioria dos proprietários tem o direito a vender as suas terras se assim desejar, mas temos sempre que assegurar que os pequenos proprietários parciais também recebem a sua justa parte do pagamento. 

No Havai é onde isto fica mais complicado. Como parte da História Havaiana, a meio de 1800, algumas parcelas foram concedidas às famílias que após algumas gerações podem ser agora divididas entre centenas de descendentes. Nem sempre há registos claros e em muitos casos descendentes que detêm apenas 1/4% ou 1% de uma propriedade nem sabem que têm direito a alguma coisa. 

De forma a encontrarmos todos esses donos parciais para que possam receber a sua fatia, nós metemos uma ação que se chama de “quiet title”. A maioria dessas pessoas vai agora receber dinheiro por algo que nem sequer sabia ter direito. Ninguém vai ser forçado a sair da terra.

Estamos a trabalhar conjuntamente com um professor de Estudos de Nativos Havaianos que é membro desta comunidade há muitos anos, que está a ajudar-nos neste processo. É importante para nós respeitar e história e as tradições havaianas. 

Nós amamos o Havai, queremos ser bons membros da comunidade e preservar o meio ambiente. Estamos ansiosos por trabalhar de perto com a comunidade local nos anos que se avizinham.”

 

Na verdade, as pessoas estão chateadas e revoltadas pelo facto de Mark querer as coisas no papel. No entanto, Zuckerberg tem feito boas coisas na ilha, como o facto de deixar os agricultores usar vários acres de terra para cultivo ou apoiar diretamente a construção de um local de abrigo para albatrozes (que se encontram em perigo). 

 

Em todo o caso isso não muda o facto de que comprou 700 acres de terra e construiu um muro em sua volta. Fê-lo numa pequena e idílica ilha do Oceano Pacífico onde o espírito “aloha” é abundante. 

 

Há quem mantenha o desejo de manter a terra nas mãos dos havaianos, referindo que a compra de tão enorme parcela de terra apenas vem colocar de parte a tradição, a cultura e o legado do povo havaiano. Em alguns dos protestos pode ler-se que o barão das redes sociais está a fazer uma repetição da história, mas num formato diferente, fazendo relembrar quando os havaianos foram submetidos à vontade dos colonizadores e viram as suas terras serem ilegalmente ocupadas. 

 

Temos a leve impressão que isto não vai ficar por aqui. 

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