Tom Lowe a receber oxigénio junto a Peter Conroy. Tom Lowe a receber oxigénio junto a Peter Conroy. Foto: Noah Lane quinta-feira, 22 dezembro 2016 17:00

A HISTÓRIA DE HORROR DE TOM LOWE

Britânico não consegue vaga para Nazaré Challenge e quase morre na Irlanda… 

 

O britânico Tom Lowe era um dos que estava na lista de alternates (substitutos) para o Nazaré Challenge da passada terça-feira. Era, na verdade, o segundo da lista, atrás do português Nic von Rupp que acabou por conseguir entrada no evento após a ausência confirmada do norte-americano Kohl Christiensen. 

 

No entanto, Tom não conseguiu mesmo entrar no evento e acabou por abandonar o país com vista a usufruir de uma sessão em Mullaghmore, a slab situada na bela e inconfundível Irlanda que de tempos a tempos conquista todas as atenções da media internacional. 

 

Tom Lowe é um surfista experiente q.b., que conhece bem este spot irlandês, mas isso não impediu que acabasse por se ver envolvido numa experiência onde quase perdeu a vida. Surfar em Mullaghmore não é pera doce, considerado muito difícil na maior parte das vezes, mesmo quando todos os aspetos da segurança estão reunidos. 

 

O britânico levou com uma série na cabeça, ficou debaixo de água muito tempo e apagou-se… antes mesmo de conseguir acionar as bolsas de ar instaladas no colete de salvação. 

 

Cena pesada mesmo. Felizmente, os seus amigos Peter Conroy (guru da segurança aquática) e Barry Mottershead (big wave rider) encontravam-se por perto e acabaram por salvá-lo. Eis o que escreveu, mais tarde, no Instagram: 

 

“Depois de ter processado o que aconteceu senti-me tentado a publicar algo antes que alguém o faça. Primeiro que tudo, os meus agradecimentos a Peter Conroy e Barry Mottershead por me terem resgatado. Depois, assegurar a família e amigos que estou bem e falar ainda da importância de cobrir sempre todos os aspetos da segurança em ondas pesadas. Muitas vezes surfei sem qualquer apoio, mas a partir de agora isso vai parar. 

Ontem, quando caí naquela onda em Mullaghmore, foi como uma chamada à vida real. O impacto da queda retirou todo o ar dos meus pulmões e não tive força para acionar o colete. Seguiu-se muito tempo debaixo de água. Ao engolir água fiquei numa má situação, nunca tive tanto medo. Vim à superfície por um segundo, mas não consegui respirar e acabei por ser embrulhado novamente, totalmente à mercê das ondas.

Depois, quando fui apanhado pelo Pete, mal conseguia respirar normalmente. Mais tarde, dei por mim sentado e a receber oxigénio do Pai Natal. Sinto-me abençoado por ter tão bons amigos a olhar por mim.” 

 

Tom Lowe deixou ainda o recado a todos aqueles que começam agora a perseguir as grandes ondulações: “Treinem muito, mantenham-se saudáveis, preparem-se, usem colete em todos os momentos, olhem pelos amigos que se encontram na água e o mais importante, organizem-se na questão da segurança.” 

 

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