Tecnologia no Surf mede força e velocidade nas manobras
O Instituto Tecnológico da Galiza apresenta o FlyThings Surf…
O Instituto Tecnológico da Galiza (ITG) apresentou durante o Pantín Classic Pro, QS6000 da Qualifying Series da WSL que decorreu entre 29 de agosto e 3 de setembro em La Coruña, e que viu o francês Jorgann Couzinet e a havaiana Coco Ho saírem vencedores; um sistema de medição pioneiro para a indústria do surf.
Nesta edição, o ITG pôs à disposição um produto inovador que se baseou um duas grandes características: por um lado a medição da força/pressão que o surfista imprime na prancha de surf quando surfa; por outro, a velocidade de execução quando executa as manobras.
A informação, que se diz ser francamente objetiva, é útil aos surfistas no que toca à evolução das manobras e movimentos que executam. Estes dados também foram fornecidos aos comentadores de praia que assim puderam informar o público com mais alguns dados importantes.
A tecnologia tem vindo a ser desenvolvida nos últimos quatro meses por uma equipa de 8 engenheiros (informáticos, telecomunicações e industriais) do ITG que trabalharam também o desenho desta solução em telemetria. Para tal, antes do QS em Pantín, participaram em várias provas de cariz nacional onde testaram o material em Vicente Romero, um dos surfistas espanhóis que corre a WQS, e Rubén Sanmartin Mayobre, um treinador de surf com larga experiência.
FlyThings Surf é um pequeno aparelho/sensor de 100 gr. de peso, 6 cm de diâmetro e 2 cm de espessura que se instala na ponta da prancha. O software instalado capta os valores alcançados por cada surfista, permitindo quantificar os valores do esforço, a habilidade e a destreza de cada um.
Os parâmetros registados resultam numa radiografia 4D do surfista durante o tempo que esteve na água. Com ela podem conhecer-se e discriminar os movimentos e as manobras que empreendeu, bem como a posição exata na prancha em três eixos (três dimensões) e o período de tempo (quarta dimensão).
O sensor, de alta precisão e baixo consumo, regista 50 dados por segundo que são analisados e tratados recorrendo a tecnologia de inteligência artificial que resulta num conjunto de estatísticas compreensíveis para o público. O ITG e a organização da prova internacional, a mais antiga da Europa, com 30 anos, celebraram um acordo estratégico até 2020, para que o Pantín Classic se possa manter na vanguarda tecnológica.
De futuro, espera-se que o aparelho possa recolher dados relativos à diferença das curvas efetuadas e tempo efetivo de trabalho, acelerações em zonas critícas da onda bem como o seu registo em tempo real (nesta primeira versão a informação só está disponível depois de descarregada na praia). Além disto, a redução do aparelho em cerca de 50% também é uma das prioridades.