Segundo as leis norte-americanas Caitlin Simmers ainda tem que esperar mais 4 anos para poder legalmente beber uma corona. Apesar de estar no seu primeiro ano no tour, ser um tanto ou quanto introvertida, nada disso a impediu de vencer um dos campeonatos mais desafiantes do ano, cheio de ondas pesadas, e tubos de partir prancha.

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Caitlin nasceu a 10 de Dezembro de 2005 em Carlsbad na Califórnia, e cresceu junto da costa onde começou a surfar quando ainda muito nova. Os pais, Ryan e Tracy Simmers são ambos surfistas, e foram cruciais em encorajar a sua filha no desporto. Caitlin apaixonou-se rapidamente por surf, e começou a competir em provas locais.

Em 2018, com apenas 12 anos, a surfista californiana conquistou a atenção do seu país ao se sagrar campeã NSSA da divisão de sub-14. Esta vitória colocou-a no radar da indústria do surf, e garantiu-lhe o primeiro contrato de patrocínio, na altura com a Volcom ( actualmente representa a O'Neill ), e desde então, nunca mais nada a parou.

Que não se deixem enganar pela figura franzina, e pelas suas sardas. O surf de Caitlin é marcadamente poderoso, explosivo, rápido, e criativo. De notar que também se dá muito bem com os tubos, recentemente numa entrevista afirmou que a sua prova favorita foi em Barra de La Cruz no México o ano passado, um beachbreak tubular, e ainda referiu Pipeline como a sua onda preferida deste ano. É também conhecida por arriscar nas manobras aéreas. O seu estilo já foi comparado a surfistas como John John ou Mason Ho, que são conhecidos pela sua abordagem inovadora à onda e aos aéreos.

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Para além do seu sucesso como competidora, Caitlin tornou-se uma sensação mediática nas redes sociais, com mais de 34 mil seguidores, onde coloca vídeos e fotos tanto de surf, como das suas viagens e aventuras. A sua personalidade optimista, e atitude positiva fizeram dela uma favorita entre fãs, e o meio do surf.

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Em 2021 com apenas 15 anos, Caitlin estreia-se a vencer em provas do QS, no Jack’s Surfboards Pro, em Huntington Beach, na Califórnia. Nesse mesmo ano a surfista californiana faz um ano brilhante, e apura-se para o CT de 2022.

De forma algo supreeendente Caitlin recusa a vaga e declara: "embora seja um objetivo pessoal chegar ao CT, vou abdicar desse lugar em 2022", começou por afirmar Simmers ao site da WSL. "Gostaria de trabalhar primeiro o meu surf, passar algum tempo com a minha família e amigos e também na escola, de forma a ficar melhor preparada para esse desafio em termos mentais e físicos".

Esta decisão demonstrou maturidade e inteligência, pois a pressão e intensidade do CT é por vezes demasiada para jovens surfistas.

Em 2022 acaba por fazer um ano brilhante no CS, vencendo o Boost Mobile Gold Coast Pro, conquista um segundo lugar no EDP Vissla Pro Ericeira, e ainda um terceiro lugar no Ballito Pro, liderando o ranking durante boa parte do ano, e terminado na 4ª posição, em igualdade de pontos com a 3ª classificada, garantindo assim novamente o apuramento para o World Tour.

Em 2023, faz a sua estreia como “rookie” na elite mundial, e estreia-se também a vencer em provas do CT, com a recente vitória no Meo Rip Curl Pro Peniche. Caitlin, posiciona-se agora na terceira posição do ranking em igualdade de pontos com a penta-campeã mundial Carissa Moore.

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Depois desta brilhante vitória, nunca mais Caitlin sairá do radar de ninguém.

A Surftotal teve oportunidade de fazer uma pequena entrevista á surfista durante o decorrer do campeonato de Peniche, que partilhamos aqui.