Zuma Jay na sua surf shop em Malibu. Zuma Jay na sua surf shop em Malibu. Foto: DR terça-feira, 21 agosto 2018 10:41

Zuma Jay, o Marlboro Man de Malibu

Quando a história do surf tem lugar… 

 

Aos 65 anos de idade Jefferson “Zuma Jay” Wagner é um dos mais emblemáticos surfistas de Malibu, Califórnia. Em 1975 abriu a Zuma Jay’s Surf Shop, a mais antiga de Malibu, e desde então tem vindo a servir a comunidade da Pacific Coast Highway com o básico: fatos, calções, biquínis, pranchas de surf, wax, leashes e bonés. 

 

Ao longo de anos, Zuma Jay tem sido muito mais que isto. Escreveu três livros (um deles intitulado “Surfboard Wax: A História”), foi considerado Ambientalista do Ano em 2011, foi velejador premiado, ator, modelo (para a Ralph Lauren e Banana Republic) e ainda fez de duplo de Clint Eastwood em vários filmes. 

 

 

Como se isto não bastasse, foi ainda Mayor de Malibu entre abril de 2008 e abril de 2012, tendo sido reeleito para um segundo mandato em novembro de 2016 (que expira em novembro de 2020). No entanto, a faceta mais conhecida e que acabou por popularizar Zuma Jay foi mesmo a de “Marlboro Man”. 

 

Os mais novos não se recordam, seguramente, mas o Marlboro Man foi um personagem usado na publicidade de cigarros da marca Marlboro. A campanha criada pela Leo Burnett, que esteve ativa entre 1954 e 1999, está considerada uma das mais brilhantes de todos os tempos.

 

A ideia passava por mostrar um cowboy solitário ou vários cowboys na natureza, embebidos no Velho Oeste, a fumar um cigarro. Tentava-se capturar a fantasia da juventude e projetar um símbolo perfeito de independência e rebeldia individualista. As imagens eram importantes na construção do novo caráter e personalidade da marca. E assim nasceu o o “cowboy da Marlboro” ou o Marlboro Man. 

 

Jefferson “Zuma Jay” Wagner foi o único Marlboro Man que era surfista na vida real… e um dos poucos que não era efetivamente cowboy.

 

Há poucos meses a polícia de Los Angeles invadiu a sua loja e residência com mandatos de busca devido a uma investigação de alegada corrupção durante a sua função camarária. Vamos ver se daqui a uns tempos não vamos ter que voltar a falar de Zuma Jay, não pelas melhores razões, entenda-se. 

 

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