Blaine Sato, a morte aos 55 anos. Blaine Sato, a morte aos 55 anos. Foto: DR segunda-feira, 19 março 2018 17:33

Morreu o “salvador dos surfistas"

Blaine “Sumo” Sato faleceu no passado dia 11 de março vítima de cancro… 

 

Ao longo dos anos, Blaine “Sumo” Sato ficou conhecido como o “salvador dos surfistas”. O pastor havaiano, que era também surfista, era conhecido pelas suas estridentes gargalhadas e longa barba branca.   

 

No passado dia 11 de março faleceu em sua casa, em Huntington Beach, aos 55 anos, rodeado de familiares e amigos, perdendo uma longa e dura batalha, de dois anos, com o cancro do cólon. Deixa mulher e dois filhos. 

 

Sato, que geria a H20, igreja do Museu Internacional do Surf, também serviu como capelão na Guarda Costeira de Huntington Beach e em 2016 foi introduzido na Surfers’ Hall of Fame da Califórnia, onde se pode ler “TRUST GOD” (confie em Deus). 

 

 

Aaron Pai, dono da Huntington Surf and Sport surf shop, decidiu acrescentar Blaine Sato à Surfers’ Hall of Fame, porque “ele significava tudo para mim, para a minha família e para a comunidade do surf. Ele mudou o nosso pequeno Mundo para melhor”. 

 

Logo de seguida, explicou que “ele era a luz. Ele simplesmente amava toda a gente. Eu chamava-o de meu melhor amigo, mas ele era o melhor amigo de toda a gente. Diz-se que as palavras são maiores que a vida. Ele foi maior do que a vida. Ele foi Sumo”. 

 

Na cerimónia de introdução à Surfers’ Hall of Fame, Sato referiu que a distinção foi algo especial e agradeceu aos locais de Huntington Beach o facto de terem aceite um expatriado do Havai. “É irreal, eu amo muito esta comunidade. Aprendi que quando amamos Deus, todas as coisas encaixam no seu lugar”, disse na altura. 

 

Em jovem, a vida de Sato não foi fácil e cedo se viu envolvido pelo mundo da droga no Havai. No entanto, tudo mudou quando foi pela primeira vez abordado por um missionário que lhe falou de Jesus. 

 

Foi em 1983, quando conheceu Raul Ries, que rumou à Califórnia pela primeira vez para participar num programa religioso de dois anos. Mais tarde tornou-se discípulo de Ralph Moore, uma importante figura da igreja que abriu mais de 800 igrejas no estado da Califórnia. 

 

 

O seu papel na comunidade do surf era de carácter emocional e por vezes difícil, pois na maior parte das vezes era chamado para presidir cerimónias de paddle-outs em memória de surfistas que tinham falecido. Ele fez a despedida a Andy Irons em 2010… e quando Sean Collins morreu, o fundador da Surfline, foi Sato quem confortou milhares de pessoas. 

 

Os nadadores-salvadores de Huntington Beach, por exemplo, há cerca de uma década que o elegeram como capelão do departamento, recorrendo a ele sempre que precisavam de falar ou visavam aconselhamento após um afogamento ou salvamento difícil. 

 

“É extremamente raro quando alguém aparece numa comunidade muito forte e fechada como Huntington e tem um enorme impacto. Ele será sempre um ícone da nossa cidade. Infelizmente, o Senhor levou-o para casa. Vamos sentir tremendamente a sua falta e eu mal posso esperar por partilhar histórias com ele no céu”, disse Bob Hurley, o fundador da marca Hurley, que conheceu Sato há 12 anos atrás. 

 

"O seu propósito era dar à comunidade amor e inspiração”, terminou por dizer. 

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