O Super Bowl, evento de proporções globais com um mediatismo incomparável, é um fenómeno curioso. O futebol americano está longe de ser um dos desportos mais populares do mundo, mas a grande final da NFL (liga americana de futebol americano) é um campeonato à parte no que toca ao espetáculo que proporciona, que vai muito para além do jogo em si - onde, diga-se, os New England Patriots derrotaram os Seattle Seahawks. E é isso que prende os milhões de espectadores de todo o mundo: ver as atuações dos artistas, os anúncios de 30 segundos que chegam a custar 4 milhões de dólares aos patrocinadores e todo o ‘circo’ que rodeia o evento.

Ontem, enquanto a cantora Katy Perry tinha uma actuação estrondosa durante o espetáculo ao intervalo, não deixámos de reparar numa das músicas que compôs o ‘medley’ (California Girls), que lá estavam duas pranchinhas, o mar e uma referência ao surf lifestyle californiano. E foi aí que começámos a imaginar.

Como seria um Super Bowl de surf? A espetacularidade das imagens associadas a este desporto, a globalização do fenómeno e o crescente interesse de marcas globais pode levar a termos fenómenos desta natureza? Imaginem uma mega infra-estrutura com uma piscina de ondas, no início de cada ano, com os 10 melhores surfistas do ano anterior, ‘todos contra todos’, num recinto lotado… de preferência com a Katy Perry ao intervalo? A realidade é que a qualidade das piscinas de ondas já tem levado a uma crescente especulação sobre a 'ascensão' do surf a desporto olímpico.

Bom, tudo isto pode parecer utópico, mas até há não muitos anos nem tínhamos direito a ver provas do CT em direto, e hoje em dia é o que se vê… Sonhar não custa e o século 21 ainda é uma criança. 

Entretanto, aproveita para ver como foi a performance de Katy Perry, que - goste-se ou não do género -, deu um bom espetáculo.