Terminada a época (e que época!) 2014 da ASP no que ao circuito feminino diz respeito, é chegada a hora de saber quem são as atletas que vão fazer parte do circuito de elite da próxima época. De acordo com as regras da ASP, o WCT feminino é composto pelo Top 10 da época anterior, mais as seis primeiras classificadas da Qualification Series (QS) e um wildcard para a temporada. De notar que apenas seis nações estarão representadas em 2015, com o domínio do Havai e da Austrália: Havai (5); Austrália (5); EUA (3); Brasil (1), França (1) e África do Sul (1).

ALESSA QUIZON (HAVAI): Não foi uma qualificação fácil para Alessa. Apesar de ter passado grande parte da temporada no Top 10 do QS, depois de ter sido finalista vencida nos dois eventos inaugurais de 6 estrelas - o final de temporada no WCT não foi muito positivo em termos de resultados, mas Alessa conseguiu à justa a presença na elite do próximo ano. O seu melhor resultado em 2014 foi um 4º lugar no Rio Women’s Pro.

TATIANA WESTON-WEBB (HAVAI): A havaiana participou em três provas do Tour este ano, como ‘alternate’ para a lesionada Courtney Conlogue. Mas nunca passou despercebida, pois nas três ocasiões eliminou sempre uma surfista de elite - sendo uma dessas ocasiões na nova etapa em Fiji. Nas três ocasiões terminou sempre num honroso 9º lugar. No QS terminou a temporada em 6º e promete fazer estragos na próxima época.

NIKKI VAN DIJK (AUSTRÁLIA): 2014 foi um ano duro para Nikki, apesar de ter terminado duas etapas na 5ª posição, (Rio de Janeiro e Huntington Beach). Em Fiji teve de se retirar depois de uma lesão no lábio e apesar de ter somado uma sequência de resultados medianos no Tour, acabou a época na 4ª posição do QS.

SAGE ERICKSON (EUA): Depois de estado no Tour na época de 2013, Sage acabou por ser ‘despromovida’ para o QS o ano passado. E o momento mais importante desta época terá sido a vitória que alcançou no Supergirl Pro, um evento 6 Estrelas que lhe garantiu 3500 pontos.  No final do ano ficou em 3º lugar do QS.

COCO HO (HAVAI): Outra surfista que não teve um ano exemplar no WCT - apesar do 3º lugar em Trestles -, mas que no QS conseguiu o que precisava para se requalificar: com vitórias em Los Cabos (6 Estrelas) e Oceano Santa Catarina Pro (5 Estrelas).

SILVANA LIMA (BRASIL): Depois de ter caído do Tour no final de 2013, a brasileira Silvana Lima tratou de voltar sem perder tempo. Com vitórias no Port Taranaki Pro e no Pantin Classic, terminou a época destacadíssima no 1º lugar do QS e vai ser um caso sério no próximo ano.

LAURA ENEVER (AUSTRÁLIA): Laura foi a ‘melhor amiga’ de Alessa Quizon, ao garantir a requalificação em Maui, no último evento, e abrindo assim uma vaga para Alessa no QS. A australiana terminou no 10º lugar do WCT, três 5º lugares foram o melhor que conseguiu.

COURTNEY CONLOGUE (EUA): Depois de falhar três eventos por lesão, Courtney conseguiu dar a volta a uma situação complicada e voltar ao Top 10 depois do 2º lugar no Roxy Pro France. Apesar da lesão, Courtney terminou o ano em grande com um 5º e um 3º lugar a valerem-lhe a 9ª posição no ranking WCT. Sem lesões, a americana será difícil de parar em 2015.

JOHANNE DEFAY (FRANÇA): A francesa foi a Rookie do Ano, e isto por si só já quer dizer muito. A partir de Fiji, a jovem Johanne garantiu sempre - no mínimo - uma presença entre as oito melhores em todas as provas, e a sua carreira promete vôos ainda mais altos.

BIANCA BUITENDAG (ÁFRICA DO SUL): A única sul africana do Tour teve vários momentos brilhantes em 2014. Dois 9’s em Trestles, quartos de final em França, e um surf de backside temível em Maui. Será certamente um nome a ter em atenção na próxima época…

LAKEY PETERSON (EUA): Altos e baixos num ano em que chegou a duas meias finais, mas também terminou dois eventos eliminada de primeira. Snappe Rocks e o Rio de Janeiro foram os pontos altos de uma época irregular. Em 2015 Lakey terá de afinar o seu surf, capacidade já mostrou ter.

MALIA MANUEL (HAVAI): Época regular para a havaiana, que terminou grande parte dos eventos na 5ª posição, com três 3ºs lugares de permeio. Em 2015 ambicionará dar um salto que lhe falta para competir pelo título. Terminou o ano na 5ª posição do WCT.

SALLY FITZGIBBONS (AUSTRÁLIA): O título mundial continua a escapar a Sally, que foi vice campeã três vezes (2010, 2011 e 2012). Este ano ameaçou quebrar esse jejum e mostrou surf mais do que suficiente para ambicionar o número 1 (onde chegou a andar esta época) no próximo ano. Sally venceu duas etapas seguidas, no Rio de Janeiro e em Fiji.

CARISSA MOORE (HAVAI): No início desta época, Carissa parecia imparável na sua caminhada para o que seria o seu terceiro título mundial consecutivo, e venceu as etapas Margaret River e Bells Beach de seguida. Mas a partir dessa fase não mais voltaria a vencer nenhuma etapa. Até chegar a Maui, mas aí já estava fora das contas do título. Eterna candidata ao título, em 2015 assim será.

TYLER WRIGHT (AUSTRÁLIA): A vice campeã mundial de 2014 mostrou algum do surf progressivo mais excitante da época, e acumulou notas altas ao longo de todo o ano - incluindo quatro 9’s consecutivos no Roxy Pro em França. Para o ano será certamente presença habitual nos pódios.

STEPHANIE GILMORE (AUSTRÁLIA): A campeã mundial deste ano venceu o seu sexto título e não parece querer parar. Venceu três eventos esta época: Roxy Pro Gold Coast, Swatch Women’s Pro Trestles e o Cascais Women’s Pro. À excepção de um 13º lugar no Rio, Steph chegou sempre no mínimo aos quartos de final e acumulou sete meias finais. A sua candidatura ao título do próximo ano não precisa de ser justificada.

Todas as fotos retiradas do site oficial da ASP.