A Federação Portuguesa de Surf (FPS) já reagiu ao caso relacionado com o acidente ocorrido no passado domingo, dia 23 de Novembro, na praia de Carcavelos, que envolveu os surfistas Roman Alvarez e Nuno Cunha - e que podes ler aqui. O incidente resultou na perda de visão de um olho para Nuno Cunha - mesmo depois de já ter sido sujeito a uma intervenção cirúrgica no Hospital de Santa Maria.

De acordo com um comunicado enviado à SurfTotal, a FPS refere que “está a acompanhar” o tema e que “lamenta profundamente este acidente, que resultou numa lesão extremamente grave do surfista Nuno Cunha”. A FPS refere ainda que se encontra “à disposição para ajudar Nuno Cunha e a sua família em tudo o que for possível dentro das possibilidades e capacidades da FPS”.

“A Federação esclarece ainda que Roman Alvarez colabora com a FPS desde 1995, sendo funcionário desde 2002, mas que nunca integrou qualquer cargo de Direcção na Federação Portuguesa de Surf. Este acidente deve alertar-nos para a importância de uma prática segura dos desportos de ondas, com conhecimento e cumprimento das normas próprias da modalidade, bem como com respeito por todos os praticantes dentro de água”, lê-se no comunicado.

Roman Alvarez reage

Por seu turno, também Roman Alvarez reagiu ao sucedido. “Em primeiro lugar quero deixar claro, que derivado aos comentários que estão a sair nas redes sociais sobre a Federação Portuguesa de Surf e sobre a minha pessoa devido ao acidente que aconteceu no Domingo na praia de Carcavelos não estão correctos e deturpam a realidade dos acontecimentos”, começa por dizer.

“Em 46 anos de prática desportiva de Surf e conhecedor das regras de prioridade e comportamento na água, nunca tive um incidente até este Domingo dia 24 de Novembro”, diz. “Quem me conhece sabe que tenho um passado e um presente tranquilo e que gosto de desfrutar de umas boas ondas como todos os surfistas”, acrescenta.

Em relação ao sucedido no passado domingo, Roman avança: “No Domingo passado, perto das 12h00, na praia de Carcavelos, aconteceu-me uma situação muito triste, desagradável e fortuita. Quando estava na onda de pé a surfar um praticante de Surf não se desviou da onda que eu estava surfando e as pranchas bateram. Em princípio não percebemos o que estava acontecendo, até ver que ele estava com um corte na cara. Saímos da água, acompanhei o praticante em causa com outro surfista que apoiou e colaborou e no caminho ao estacionamento solicitei que ligassem ao 112, coisa que estava a ser feita por parte de Tiago. Entreguei a prancha do praticante na escola, ANGEL´S SURF SCHOOL, fui a buscar a minha prancha que ficou na areia e depois de decorrer uns 15m, o praticante aos gritos começou a insultar e a humilhar-me na praia, pelo que arrumei o material e me retirei do local para não criar conflitos.”

Roman continua: “No dia seguinte, lamentavelmente, tomei conhecimento da gravidade do acidente, o que me causou uma grande consternação pois em tantos anos de prática desportiva nunca nada me aconteceu. Telefonicamente falei com a esposa do praticante para saber como estava, a qual me indicou que iria fazer uma participação do acidente em causa. Sou funcionário da FPS desde o ano 1995 e nunca fiz parte dos órgãos sociais da Federação”, conclui.