CARCAVELOS: PROTESTOS FORAM IGNORADOS E PLANO APROVADO Maquete realizada a propósito do plano e divulgada pelo Movimento "Fórum por Carcavelos” quarta-feira, 28 maio 2014 14:00

CARCAVELOS: PROTESTOS FORAM IGNORADOS E PLANO APROVADO

Assembleia Municipal de Cascais aprova Plano de Pormenor.

 


A Assembleia Municipal de Cascais aprovou nesta terça-feira à noite o Plano de Pormenor de Carcavelos. Apesar dos vários protestos dos cerca de vinte munícipes presentes, obrigando à intervenção da PSP, o Plano de Pormenor do Espaço de Reestruturação Urbanística de Carcavelos-Sul (PPERUCS) acabou por ser aprovado.


Também os deputados municipais apelaram à reprovação do plano que dizem "violar as leis ambientais e que irá prejudicar a qualidade de vida dos munícipes". Contudo, os contestatários do Plano de Pormenor de Carcavelos, que marcaram presença na Assembleia Municipal de Cascais, acabaram por ver o projeto ser aprovado pela maioria PSD/CDS e nem a "esperança" depositada no voto contra da presidente da união de freguesias de Carcavelos e Parede, que é da cor do executivo, foi correspondida, revela a Lusa.


Antes da votação, o público teve oportunidade de falar e vários foram os intervenientes que apelaram ao chumbo do projeto, com argumentos de que o plano "não respeita a lei", "não realizou os estudos devidos", prevê um "elevado risco de cheias" e é um "atentado à costa portuguesa em nome do negócio imobiliário", diz ainda a Lusa.

 

Depois da luta dos cidadãos do "Fórum por Carcavelos” ou do movimento "Cidadania Cascais", o projeto previsto para Carcavelos vai mesmo avançar.

 

De recordar que Plano de Pormenor do Espaço de Reestruturação Urbanística de Carcavelos Sul (PPERUCS) foi apresentado em novembro pela Câmara de Cascais (PSD/CDS-PP) e prevê a criação de 20 hectares de espaços verdes e de um ninho de empresas para estimular a criação de emprego.

 

O projeto foi contestado pelos munícipes que afirmam que o plano não respeita regras ambientais. Um estudo encomendado pela Câmara de Cascais e publicado na página da Internet da autarquia revelou que as construções previstas não têm impactos negativos na praia nem na prática de surf, mas os moradores não estão convencidos.

 

A 12 de março, o ministro do Ordenamento do Território, Jorge Moreira da Silva, indicou ter sido reduzida para metade a construção de fogos prevista no plano e disse tratar-se de um processo que envolve "direitos adquiridos".

 

Com uma "articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente e a CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) o projeto foi reduzido de 1.500 fogos para cerca de metade e houve alteração do perfil urbanístico dessa operação", disse o ministro na ocasião, revela ainda a Lusa.

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