ADRIANO DE SOUZA NÃO RECUPERA AS SUAS PRANCHAS
"Mineirinho" recusa-se a pagar impostos pelo equipamento retido.
Adriano de Souza que entrou hoje no primeiro heat do dia do Billabong Rio Pro, teve de competir sem as suas pranchas habituais que continuam retidas no aeroporto, como a SurfTotal já te tinha dado conta aqui.
O surfista que hoje competiu no heat contra Tiago Pires em mais uma etapa do Samsung Galaxy ASP World Tour (WCT), interrompeu ontem os treinos para ir até ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Mas ao chegar lá, o que ouviu, fê-lo desistir de reaver as suas sete pranchas, que permanecem na alfândega.
Na última segunda-feira, o "Mineirinho" usou as redes sociais para protestar sobre a retenção de parte do seu material pela Receita Federal do Galeão. As pranchas eram novas e tinham sido trazidas da Austrália pelo operador de câmara do surfista, Bruno Tessari. Depois de o ter feito, deslocou-se ontem ao aeroporto, mas nada feito, de novo.
"Não consegui retirá-las de lá. Chegando no Aeroporto Galeão, fui atrás da Receita Federal. Quando cheguei no local, eu me apresentei e todos já sabiam do que se tratava, me pediram para esperar e eu esperei, esperei, esperei, esperei… Quando veio o chefe da Receita falando em um bom tom de todas as regras e tudo mais... Me perguntou se todas as pranchas eram novas, eu respondi que sim, que quase todas eram novas… Então ele me disse que eu iria ter que pagar um imposto bem alto para tê-las de volta. (...) Não vou pagar impostos pelas pranchas. Sou um atleta profissional e levanto a bandeira do Brasil mundo afora, eu não vou vender os equipamentos, pois eles são instrumentos do meu trabalho, então acho que não devo pagar a mais do que eu já pago pela compra das pranchas", protestou Adriano.
Outros atletas mostraram, entretanto, o seu apoio a Adriano. Gabriel Medina disse após a conferência de imprensa do Billabong Rio Pro: "Falei com o Adriano e ele estava um pouco chateado. É difícil de falar, mas não precisava. Ainda mais porque é nosso instrumento de trabalho. Fico chateado por ele. É ruim para o Brasil. A gente está representado o Brasil e ele não está podendo treinar. Isso acaba atrapalhando. Aí que você vê, se pergunta se o Brasil está preparado para Copa... Eu não sei, sei que estou triste por ele."
Apesar de ter ficado sem as suas sete pranchas, Adriano tem outras 14 no Rio. E foi com uma dessas que hoje surfou durante o primeiro dia do Billabong Rio Pro.
De acordo com o site da Globo, esta não é a primeira vez que o "Mineirinho" tem problemas com a Receita Federal. "Em 2012, o surfista publicou até um apelo à presidente Dilma Rousseff nas redes sociais para que o troféu da etapa seis estrelas do WQS (divisão de acesso mundial) em Jeffrey's Bay, na África do Sul, e um quadro fossem devolvidos. Enviados pelos organizadores no dia 15 de agosto, os prémios só foram entregues em meados de novembro, graças à ajuda de um despachante", lê-se no site.
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- Créditos fotos: ASP