Jordy Smith será um dos nomes a seguir em Margarets Jordy Smith será um dos nomes a seguir em Margarets ASP terça-feira, 01 abril 2014 09:34

MARGARET RIVER: TERRA DE ONDAS E VINHO RECEBE OS MELHORES DO MUNDO

Fica a conhecer melhor a segunda etapa do World Tour


O Drug Aware Margaret River Pro está agendado para começar amanhã, naquela que será a segunda paragem do World Tour 2014. Existe uma grande expetativa sobre esta prova, pelo tipo de ondas que proporciona, e por ser, para muitos, uma novidade, com tudo o que isso pode representar. Dexamos-te com alguns detalhes sobre o evento, bem como sobre a preparação de alguns dos atletas para esta prova, onde infelizmente não estará Tiago Pires, a contas com uma lesão arreliadora.


Margaret River fica no Sudoeste da Austrália Ocidental, a 277 quilómetros da capital de estado, Perth. A zona atrai muitos turistas, não só pela qualidade do surf, mas também pela beleza natural da região, e da produção de vinho. Estima-se que cerca de 500 mil pessoas visitem Margaret River.


Reconhecido como um local de ondas grandes - e por isso comparado muitas vezes ao Havai - Margarets apresenta swells considerados dos mais constantes do planeta. Prevê-se que a ação aconteça maioritariamente no Main Break, um reefbreak com esquerdas e direitas, surfável entre os 0,5 metros e os 6 metros. As opções alternativas são The Box (onde se formam ondas tubulares) e North Point, se estiver com tamanho suficiente.


Margarets (como é designado de forma coloquial) faz parte da ASP desde 1985, mas passou a última década como evento do WQS, onde foi variando de rating. Este ano será a primeira vez que tanto os atletas do WCT masculino e feminino competem ali, em simultâneo.


Um dos detalhes de vital importância para os atletas é a escolha do seu quiver e uma boa preparação física. Os surfistas convergem numa opinião: a diversidade do quiver é importante, face às condições que Margaret apresenta, com mar grande e pesado, mas que também pode proporcionar manobras aéreas. Alguns dos atletas de topo abordaram esta questão, bem como a preparação que têm efetuado, em declarações à Surfline. Mick Fanning, atual campeão do mundo afirmou: "vou levar de quase tudo, até à 6'10''. Em tempos pensei que esta onda não dava para aéreos, até ver o Josh Kerr a fazer uns incríveis. Não é a onda mais progressiva do mundo, mas há tantos sufistas progressivos no Tour que tenho a certeza que vão existir muitos aéreos".


Para Kelly Slater a preparação tem sido "um misto de treino físico, mental e ioga". O surfista da Flórida deu a conhecer, ontem, o seu quiver para Margarets, através do facebook:
6'6 x 18 1/4 x 2 3/8 rail 2 5/8 center Semi Pro 12
6'3 Semi Pro 12
5'11 bat tail Semi Pro 12
5'11 Fred Rubble
5'9 stringer-less epoxy Fred Rubble
5'9 x 18 1/4 x 2 5/16 Fred Rubble


Já Jordy Smith realça a importância de andar a treinar com as suas pranchas maiores, e de voltar a habituar-se a usar um fato. Para o regressado Owen Wright, sobre quem recaem algumas expectativas para esta prova, a preparação tem sido essencialmente física: "tenho feito levantamento de pesos para ter mais poder de explosão, de forma a ter um impacto maior nestas ondas pesadas, e para aguentar os wipeouts".


Quem não espera facilidades é Gabriel Medina, vencedor do Gold Coast Pro. "Esta onda é complicada! Tenho andado a ver vídeos no YouTube, e estou a começar a entendê-la melhor."


As avaliações por parte dos juízes vão, certamente e como sempre, variar conforme as condições. Para Jordy Smith o segredo será "um bom surf de rail, com muito power. Até pela distância a que os júizes estão da água. Se mandares muita água, vão gostar de ti". Bede Durbige, que surfa ali desde os 15 anos, acrescenta um quadro diferente: "Se estiver mar pequeno e vento onshore, vão surgir muitas rampas para voar. Mas acredito que a organização vai querer o evento com offshore e muitos 'turns' poderosos".


Outro aspeto relevante será a 'gestão' das prioridades. Com esquerdas e direitas à disposição, a escolha da direção será delicada, e tentar controlar o adversário pode custar ondas potencialmente de pontuação elevada.


Relativamente aos favoritos, Mick Fanning avançou com a sua teoria: "Para mim os favoritos são o Jordy, o Gabriel e o Josh. O Jordy por ser grande e poderoso, que é o que esta onda pede. O Medina pela sua performance na Gold Coast e pela sua adaptabilidade. O Josh Kerr porque já foi a duas finais aqui e está em grande forma". Nós acrescentamos que o próprio Mick e Joel Parkinson também são forças a temer, pelo poder das suas manobras, eles que já venceram o evento, Mick em 2001 e Parko em 2002; também John John Florence terá uma palavra a dizer, essencialmente pelo seu poder aéreo, e claro, por ter vencido a prova em 2012. Mick realça que quem competiu ali no WQS terá "uma enorme vantagem".


Na parte feminina, Carissa Moore é a campeã em título da prova. Stephanie Gilmore vai tentar, certamente, manter o 'momentum' adquirido com a vitória na Gold Coast, mas o melhor que conseguiu nesta prova foi um terceiro lugar, na época transata. Uma atleta que terá de ser considerada é Courtney Conlogue, que nos últimos três anos ganhou a prova em duas ocasiões.

Nos últimos cinco anos, foram estes os vencedores da prova (masculino e feminino):

2009: Dan Ross; Melanie Redman-Carr
2010: Josh Kerr; Chelsea Hedges
2011: Damien Hobgood; Courtney Conlogue
2012: John John Florence; Courtney Conlogue
2013: Dusty Payne; Carissa Moore


Os wildcards

Definidos já estão os wildcards: Nathan Hedge (AUS) e Laura Macaulay (AUS) vencedores dos trials, e Yadin Nicol, vão assim juntar-se aos Top 34 e Top 17. Yadin vai defrontar o Kelly Slater e Bede Durbidge e Nathan Edge vai medir forças com Mick Fanning e Matt wilkinson. Nas senhoras, Laura Macaulay vai enfrentar Carissa Moore e Alessa Quizon. Para recordares os heats da primeira ronda, vai AQUI.


Podes acompanhar a prova em direto, aqui: drug-aware-margaret-river-pro

Fica com um pouco das expectativas desta prova com Adriano de Sousa:

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