Poucos desportos têm a capacidade de transformar vidas como o surf (pelo menos é o que acreditamos na Surftotal).

O primeiro momento em que um surfista apanha uma onda tem um efeito viciante, hipnotizador, quase impossível de descrever por palavras.

Para alguns esse momento aconteceu na infância, para outros na adolescência ou até já em idade adulta, mas e quando se fala na terceira idade? Será o surf um desporto apropriado a seniores?

Cada vez mais o surf atrai novos praticantes e os seniores não ficam de fora desta equação.

Num lar de idosos em Saint Malo, no noroeste de França, o desporto é usado como terapia transformando a vida de muitas pessoas idosas que dizem não sentir as suas dores ao se concentrarem na atividade, sendo que, para muitos, a mesma aproximou-os dos seus filhos e netos, pois agora têm no surf algo em comum, segundo disse a Riviera Radio. Os participantes nestas sessões de “terapia de surf” não têm necessariamente de se por em pé na prancha, mas conseguem sentir os efeitos benéficos da prática simplesmente ao deslizar nas ondas.

Já para as “Granny Grommets” o surf tem um impacto não só nas suas vidas, mas também na vida das pessoas que seguem este grupo de seniores de Albany, uma cidade costeira da Austrália Ocidental.

O grupo é composto por mulheres com 50 anos ou mais que surfam uma vez por semana em Middleton Beach, lideradas por um instrutor de surf local, sendo a maioria dos membros surfista iniciante.

No Brasil uma escola de surf também incentivou o desporto ao oferecer aulas a idosos em Santos, no Litoral de São Paulo, tendo estes recebido o nome de surfistas prateados.

A coragem destes seniores em iniciarem-se no surf, uma modalidade não propriamente associada à terceira idade, tem inspirado pessoas em todo o mundo e mostrado que a mesma tem um impacto positivo na sua saúde física e mental quando feito com instrução apropriada, sendo, segundo o NIH Senior Health, benéfica na prevenção de artrite, diabetes, pressão alta e problemas de mobilidade.