Hoje de manhã, no único Heat que teve lugar no MEO Rip Curl Pro Portugal (resumo aqui), o último da ronda 4, Julian Wilson aproveitou para se juntar a Gabriel Medina nos 1/4 de final. A corrida ao título continua assim "on fire" e agora a dois. 

A passagem do australiano à próxima fase, em segundo lugar, acabou por ser o momento alto desta sexta-feira uma vez que este é o único que pode travar o brasileiro nas contas do título mundial de 2018, Wilson vai agora enfrentar Joan Duru nos 1/4 de final, sabendo de antemão que todo o cuidado é pouco uma vez que foi o gaulês que afastou Filipe Toledo (outro candidato) da prova. 

Para manter as coisas animadas e adiar a atribuição do título mundial para o Havai, o Billabong Pipe Masters em dezembro, Wilson tem agora que passar o seu próximo Heat e alcançar as meias-finais. Caso isso não suceda, Gabriel Medina precisa vencer a prova portuguesa para se sagrar campeão mundial pela 2x. O segundo lugar não serve as intenções do brasileiro. 

A WSL espera encerrar o evento amanhã, a partir das 8h, altura em que será dado o primeiro “call”. 

A matemática de Kikas

O nono lugar alcançado por Frederico Morais, ontem, serviu para amealhar 3700 pontos para as contas do ranking. Com um total de 19645 pontos, o português ultrapassou o brasileiro Yago Dora na tabela (18400 pontos) e passou a ocupar provisoriamente o 21.º lugar da tabela. Está, portanto, dentro da bolha de qualificação para o próximo ano. 

Frederico precisa agora ter cuidado com Joan Duru e Matt Wilkinson, que estão atrás de si no ranking mas ainda se encontram em prova em Peniche. O francês encontra-se em 28.º lugar com 13875 pontos, mas mesmo que vença apenas conseguirá reduzir a diferença pontual aproximar-se de Morais. 

Já Wilko, mais próximo, em 23.º lugar com 15910 pontos, poderá causar alguma incerteza e obriga-nos mesmo a termos que aguardar pelo desfecho da prova para fazermos contas. Em todo o caso, para isso terá que superar inicialmente o confronto dos 1/4 de final. Importa realçar que o australiano compete com Gabriel Medina na segunda bateria dos quartos e o brasileiro está faminto e motivado/focado a selar as contas do título já em Portugal. 

Já Duru enfrenta o outro candidato, no Heat 3, e a verdade é que Julian Wilson ainda tem uma palavra a dizer quanto ao Grand Finale de 2018. Prova disso é a recente vitória no Quiksilver Pro France que veio dar um gás adicional. 

As contas de Kikas não são finais e, aparentemente, até saem mais reforçadas após o CT de Peniche. Porém, é a derradeira etapa no Havai que vai definir tudo. Vamos aguardar até lá e esperar que Kikas consiga, pelo menos, avançar uma ou duas fases da competição de forma a sossegar os fãs portugueses.