Como funcionam as quilhas?  sexta-feira, 11 janeiro 2019 10:40

Como funcionam as quilhas? 

Um excelente ponto de partida na construção do teu conhecimento…

 

Há muitos fatores que influenciam a escolha de um jogo de quilhas - independentemente do sistema de plug usado.

O tipo de onda e o tipo de prancha que usamos são fundamentais, mas a sensibilidade pessoal também tem uma palavra a dizer na escolha. Há um certo nível de objetividade na escolha das quilhas, mas o essencial passa por saber que estas mudam o comportamento da prancha e a maneira de surfar. Não há nada como experimentar e evoluir com as nossas escolhas, mas é igualmente importante saber que estas influenciam em três aspetos fundamentais do surf: o drive, que é a capacidade de aceleração e de manter a velocidade; o pivot, que é a capacidade de realizar curvas mais ou menos amplas; o hold, que é a aderência à onda em si. 

 

As descrições que se seguem, embora básicas, são um excelente ponto de partida na construção do teu conhecimento e visam, essencialmente, desfazer todas as dúvidas. 

 

O tamanho

Por norma, uma quilha maior apresenta mais sustentação e controlo, oferencendo mais segurança nas manobras e na hora de gerar velocidade. Ao invés, exige mais força a cada curva ou manobra executada e não é tão solta. Já as quilhas mais pequenas são mais soltas, não prendem as manobras e respondem positivamente a mudanças de direção muito rápidas, mas não são tão seguras nem oferecem tanto controlo. O estilo, a altura e o peso são importantes na escolha.  

 

 

A forma (template) 

As quilhas não são todas iguais. Há umas mais verticais, outras mais inclinadas. É um pouco como as ondas. Logo, a escolha depende muito do tipo de ondas que se surfa regularmente. Para ondas grandes é necessário um jogo de quilhas mais longas que melhoram a aderência. Em ondas pequenas exige-se quilhas mais pequenas que melhorem a manobrabilidade da prancha. Uma quilha com muita inclinação, por exemplo, não deixa fazer curvas muito longas e/ou amplas numa onda de face aberta. 

 

 

A base

Quanto maior for a base de uma quilha e mais área de superfície ela possuir, maior capacidade de direção será fornecida ao gerar velocidade ou a dar uma curva. Se apresentar menos base, a quilha terá menos tração nas manobras (mas fica mais solta, não exige tanta força e mais fácil de surfar). Mais base é essencial em ondas rápidas e tubulares. 

 

A altura

Uma quilha mais alta oferece maior estabilidade, enquanto uma quilha mais pequena torna a prancha mais solta e oferece a capacidade para dar curvas mais rápidas. No entanto, a diferença entre quilhas não é assim tanta, podendo por vezes chegar aos 2,5 milímetros. 

 

 

O foil 

O foil (formato da lâmina) é o formato hidrodinâmico da face de ataque (parte mais grossa) em direção à face de fuga (a parte mais fina). Estes podem ser planos, de um lado, em ambos os lados ou ter uma mistura dos dois. Alguns foils são côncavos na parte interna, mas, geralmente, as quilhas laterais apresentam um foil interior plano ou côncavo e as quilhas traseiras são simétricas.

 

O declive (curvatura)

Trata-se do ângulo da inclinação da quilha desde a base até à ponta (quando as olhamos de frente). Na observação, uma quilha sem declive parecerá vertical a partir da parte inferior da prancha. Uma quilha com mais declive equivale a mais de capacidade de resposta nas curvas e com menos declive a mais velocidade numa linha reta.

 

 

O alinhamento

Olhando do nose para o tail, as quilhas devem desenhar uma linha imaginária em direção ao bico da prancha ou para a longarina, um pouco abaixo do nose. Há também alinhamentos convergentes, para os rails, que equivalem a mais de capacidade de resposta em detrimento da velocidade.

 

A flexibilidade

É do conhecimento geral que uma base mais dura e a ponta mais flexível funcionam melhor e levam a melhores desempenhos, pelo que a construção de todas as quilhas assentam neste princípio. A flexibilidade é o aspeto mais técnico das quilhas. 

Itens relacionados

Perfil em destaque

Scroll To Top