Filipe Toledo voltou a ser destaque em J-Bay. Filipe Toledo voltou a ser destaque em J-Bay. Foto: WSL segunda-feira, 02 julho 2018 16:31

Open J-Bay: Susto para o camisola amarela no 1º dia de competição

Julian Wilson não ganha para o susto no Round 2….

 

Foi um primeiro dia de ação carregadinho de emoções como, aliás, é normal acontecer nas etapas do WCT. O Corona Open J-Bay abriu as hostilidades com uma importante novidade: o afastamento de Joel Parkinson no final do ano. Ainda assim, o australiano não se limitou a aparecer na África do Sul e, no Heat 6, o primeiro que disputou, arredou o líder do ranking e detentor da camisola amarela, Julian Wilson, para a segunda ronda. 

 

Quem também esteve muito bem neste primeiro dia da janela da sexta etapa do World Tour foi o português Frederico Morais que, logo no primeiro Heat, relegou o grande favorito Jordy Smith para as repescagens, mostrando bem que o segundo lugar alcançado em 2017 não foi obra do acaso. RESUMO DO HEAT AQUI

 

Em todo o caso, além do facto da transmissão da WSL ter passado a estar acessível através do Facebook, o que gerou inúmeras críticas ao longo do dia, pelos quatro cantos do globo; é de sublinhar o forte vento que se verificou de manhã, que dificultou a atuação dos atletas e as manobras que estes tentaram fazer, e a considerável melhoria para a parte da tarde onde Jeffreys Bay ficou clássica e no ponto. 

 

Ainda no Round 1, além dos apuramentos sólidos de Filipe Toledo e Gabriel Medina, com o primeiro a registar a nota mais alta do dia (9.17), destaque também para o Alley-Oop empreendido por Kolohe Andino que colocou o californiano com um pé no Round 3 - atirando o wildcard e “dark horse” Mikey Wright para a fase de repescagens. 

 

 

Com a organização a optar por aproveitar as boas condições do final de dia e entrar pela segunda fase da competição, viu-se ainda as duas primeiras baterias do Round 2 irem à água. Na primeira, o líder do ranking mundial não ganhou para o susto. Na verdade, Julian Wilson esteve sempre em primeiro lugar e a dominar o confronto, com 7.33 e 7.10, mas uma onda de 7.57 pontos conseguida por Matthew McGillivray perto do final, deixou o australiano a tremer. 

 

Felizmente para Wilson, o tempo escasseou para wildcard sul-africano e nem as derradeiras tentativas de air reverse gozaram de aterragem completa. Caso contrário, poderíamos ter assistido à primeira surpresa do dia e ao primeiro dissabor desta sexta paragem de 2018. 

 

Surpresa que veio logo no Heat seguinte, entre os brasileiros Wiggolly Dantas e Italo Ferreira, com este último a ser afastado por 11.77 x 9.73 e a precisar de uma nota de 6.84 pontos. Mais tarde, Shaun Tomson fez a análise: “Italo tem que aprender a ser consistente e a escolher as melhores ondas”. 

 

E uma coisa se sabe, Jeffreys Bay é um spot muito especial onde, em primeiro lugar, há que escolher bem as pranchas que se levam para dentro d´água, para depois saber ser paciente e escolher as melhores ondas do set. Wiggolly soube cumprir esses requisitos, Italo nem tanto. Por esse motivo, após duas fantásticas vitórias e de estar em terceiro lugar no ranking, o brasileiro é afastado prematuramente e hipoteca uma eventual corrida ao título mundial. 

 

Amanhã a competição deve retomar com as restantes dez baterias do Round 2. Especial atenção para o Heat 4 que junta Jordy Smith e Kelly Slater. Ambos são considerados dois dos mais perigosos surfistas em Jeffreys Bay, onde já venceram por várias vezes, mas o sul-africano parece levar vantagem e estar mais dentro do ritmo exigido. A não ser que Kelly Slater saque um coelho da cartola e faça uma daquelas loucuras a que nos habituou. 

 

Vamos ver como irá correr. Novo call às 7h30. 

Acompanha live aqui.

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