O confronto de Frederico Morais com o havaiano Zeke Lau, disputado há pouco, no Heat 4 do Round 3, não foi tarefa fácil, mas o português mostrou nervos de aço e a consistência que lhe é reconhecida. 

Com a paciência e calma que foi exigida, Frederico não teve problemas em avançar para o Round 4. 

Na verdade, foi uma bateria com poucas ondas e mar inconsistente que obrigou até a um “restart” do Heat. Mal a buzina soou, Zeke apanhou a primeira onda e descascou-a com o seu rail para registar uma nota de 7.00 pontos. 

Dez minutos depois a resposta de Morais. O português deu uma série de carves e curvas bem desenhadas, carregadas de pressão, capitalizando 8.33 pontos e a liderança na bateria. 

Mais tarde o havaiano ainda conseguiu passar para a frente, mas quando Kikas deu uma rasgada enormissima, naquela que foi a sua segunda onda, nunca mais largou o lugar da frente. 

Zeke ficou à procura de 9.76 pontos e pareceu algo baralhado, quase sem conseguir dar uma resposta à altura, embora o tenha tentado fazer por várias vezes, incluindo na sua terceira onda (7.50) onde conseguiu reduzir a diferença para 9.26 pontos. 

O estilo de Kikas, apoiado na velocidade, no rail e na pressão, voltou a ser apreciado pela dupla de comentadores da WSL, incluindo Martin Potter que referiu mesmo que o português, embora sendo um “rookie” do World Tour, mais parece um “old school surfer” ou até veterano do tour (e um surfista à moda antiga que gosta de surfar a onda). 

Neste confronto de “rookies", entre o 14.º e 25.º classificados do ranking, foi Frederico Morais quem voltou a passar com distinção, registando um score de 16.76 frente a 15.50 pontos. 

Até agora tudo parece correr de feição no CT de Trestles, a oitava etapa do World Tour, onde o atleta português pode aproveitar para assinalar um novo resultado de destaque. 

O desafio que se segue? Heat 2 do Round 4 com Jordy Smith, líder do ranking, e "Ace" Buchan, 18.º classificado a nível mundial. Vamosssss!

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