Julian Wilson venceu a sétima etapa da World Championship Tour, em Teahupoo, e ajudou a apimentar o circuito deste ano. De acordo com a WSL, há 25 anos que não havia uma época assim tão intensa e dividida. 

Neste momento o registo da temporada é único e ao mesmo tempo apaixonante: 7 vencedores, 4 etapas ainda por realizar até dezembro e são 10 os surfistas que podem ganhar o campeonato mundial. 

Além de Wilson, Jordy Smith venceu em Bells, John John em Margaret River, Matt Wilkinson em Cloudbreak, Owen Wright na Gold Coast, Adriano de Souza em Saquarema e Filipe Toledo em Jeffreys Bay. 

O top 10 mundial é composto por cinco australianos (Matt Wilkinson, Owen Wright, Julian Wilson, Joel Parkinson e Connor O’Leary, 3.º, 4.º, 5.º, 8.º e 10.º lugar), três brasileiros (Adriano de Souza, Gabriel Medina e Filipe Toledo, 6.º, 7.º e 9.º lugar), um havaiano (John John Florence, 2.º lugar) e um sul-africano (Jordy Smith, 1.º lugar). 

A WSL refere que qualquer um pode ainda vencer uma vez que estão quatro etapas por cumprir. No entanto, as atenções recaem em Jordy Smith uma vez que este passou para a liderança do ranking após o Billabong Pro Tahiti. 

E o cenário parece estar favorável para o sul-africano de 29 anos, camisola número 23 da World Surf League que entrou para o WCT em 2008. É que, sabem, desde 2011 que não se encontrava a liderar o ranking. Tem, portanto, a motivação do seu lado. Depois, o palco da próxima etapa é Lower Trestles, em San Clemente, precisamente onde reside há alguns anos. Ou seja, tem no “local knowleadge” uma vantagem acrescida. 

Como se isto não bastasse, Jordy Smith venceu o Hurley Pro duas vezes nos últimos três anos (em 2014 e 2016), definitivamente um dos eventos onde se sente mais à vontade no World Tour. Se dúvidas houvessem, as estatísticas oficiais acabam por dissipá-las. 

Depois de ter sido assolado por várias lesões desde 2011, foi há dois anos que o gigante africano aproveitou para recuperar fisicamente e meter a cabeça no lugar. Voltou mais forte do que nunca, quase inquebrável, e em 2016 conseguiu competir nos 11 eventos da época, algo que já não sucedia há muitos anos, terminando como vice-campeão mundial. 

É certo que ainda faltam 4 etapas e que são, para já, 10 os candidatos ao cetro mundial. No entanto, à partida para o Hurley Pro, que tem lugar de 6 a 17 de setembro, Jordy Smith aparece em primeiro da tabela e com alguns dados importantes que nos indicam que poderá dar na Califórnia, finalmente, um passo de gigante rumo ao seu primeiro título. 

A ver vamos como isto corre, mas uma coisa é certa: Trestles irá definir a liderança do ranking. 

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