O facto de Frederico Morais se ter tornado vice-campeão de uma etapa do World Tour, na África do Sul, em Jeffreys Bay, é um motivo que nos enche, a nós portugueses, de orgulho e que dificilmente será esquecido tão cedo. 

Já sabemos que foi a primeira vez que um português chegou a uma final de uma prova do campeonato do mundo, logo no primeiro ano no Tour para Frederico, mas também sabemos que foi a prova onde arrancou o sua primeira nota 10 na World Surf League. 

Pelo caminho venceu, Mick Fanning, John John Florence e Gabriel Medina, todos eles com títulos mundiais sob a sua alçada, e ascendeu ao 12.º lugar do ranking mundial. 

Todos estes factos são conhecidos e têm sido referidos vezes sem conta nas últimas horas. Agora, o que ainda ninguém referiu foram dois factos super importantíssimos que atestam a sua elevada performance em Jeffreys: 

- Foi o atleta que conseguiu o segundo score mais alto de toda a competição. Jordy Smith conseguiu 20 pontos no heat 7 do Round 3 e isso é incontestável, mas Morais registou 19.77 pontos nos quartos de final frente a John John Florence, a segunda mais alta pontuação do evento. 

- Conseguiu a nota mais alta em quase todos os heats que participou (exceto ronda 3). 7.93 no Round 1; 8.00 no Round 2; 9.60 no Round 4 (apenas batido por um 10 de John John); 10.00 nos quartos de final; 9.27 nas meias finais e até na final registou 9.40, a nota mais alta. 

Todos estes factos, juntos, são prova suficiente que o português foi o melhor surfista ao longo do evento e que merecia ter saído de J-Bay com a taça de campeão. O seu percurso, ao longo de todas as fases, foi incrível. Enfim, faltou uma derradeira onda naqueles últimos minutos que permitisse dar a volta à questão.

O Filipinho [Toledo] que nos perdoe, é o campeão justíssimo da etapa, ninguém diz o contrário, mas esta vitória era nossa! 

Entretanto, vídeo com os “highlights” de ontem: