HAVAI A FERRO & FOGO: AS LESÕES DO ANO
São vários os atletas que constam da lista de lesões da temporada havaiana…
Esta última temporada havaiana não tem dado tréguas aos surfistas/bodyboarders que se aventuram pelas águas do North Shore. Depois dos episódios de Bede Durbidge, Owen Wright e Evan Geiselman, o ano passado, eis que o presente inverno havaiano revelou mais alguns acidentes nas suas águas.
Kalani Chapman, por exemplo, a meio de janeiro, foi um dos que só não morreu por muito pouco. O havaiano encontrava-se a competir no segundo dia do Da Hui Backdoor Shootout quando se viu envolvido numa queda dentro do tubo. Chapman só escapou com vida porque o seu leash não quebrou, possibilitando que tanto Seth Moniz como Nathan Florence o puxassem à superfície. Um pequeno pormenor que fez toda a diferença. Vídeo para ver já de seguida.
Na passada quinta-feira foi a vez de Gabriel Villarán estar envolvido num episódio muito chato. O veterano atleta peruano, de 32 anos, foi esmagado pelo lip de uma onda em Pipeline, durante uma sessão de free surf, e acabou por fraturar a tíbia e fíbula. Foi operado de emergência no próprio dia.
As últimas semanas têm revelado boas ondas e a armada do surf não quer perder as condições. A quarta-feira da semana passada viu também Waimea Bay dar sinal. Quem não falhou a chamada foi o jovem surfista Keale Lemos, filho do conhecido fotógrafo brasileiro Bruno Lemos.
Keale remou para uma das maiores ondas do set, mas acabou por cair e ser vitima de uma forte pancada na cabeça (muito provavelmente da prancha) pelo caminho. O wipeout levou-o a ser resgatado pela equipa de nadadores-salvadores locais, saindo da água meio atordoado e com perda de memória. O jovem surfista foi evacuado para o hospital, mas atualmente já se encontra bem, em casa, mas ainda em repouso.
Entre os bodyboarders também há a destacar duas lesões de peso. Andre Botha, veterano rider sul-africano que detém dois títulos mundiais, sofreu uma queda em Pipeline, a 13 de janeiro, e acabou por fraturar o nariz. Segundo palavras do próprio, “Pipeline 1 – Dre 0. Esta foi a terceira vez que parti o nariz, mas hei-de sobreviver.” Vale realçar que na época passada, Botha já havia fraturado a vértebra T-12 numa sessão no shorebreak de Waimea Bay.
Mais recentemente, a 27 de janeiro (sexta-feira), foi a vez do norte-americano Mike Murphy sair bastante combalido da água. O bodyboarder meteu para dentro de uma caverna de Backdoor, mas acabou por não sair. Ao invés, a onda atirou-o contra o reef, diretamente com os joelhos a embater com a rocha (foto em baixo). No hospital, Murphy foi submetido a uma operação de 4 horas e a posição dos joelhos está agora corrigida, contando com placas e parafusos, mas o atleta não pode caminhar nos próximos meses e enfrenta uma longa e penosa recuperação.
Nos últimos anos as lesões e os episódios deste género têm vindo a acentuar-se pelas águas do North Shore. Qual será o verdadeiro motivo? Os atletas estarão mais atirados? Será que arriscam mais? O nível é maior entre eles e as situações de elevado risco multiplicam-se naturalmente?
Pensem nisso.