Flashback: Falta a magia de John John em Peniche
Urge recordar o bicampeão mundial de surf…
Há um ditado popular que nos diz “Só faz falta quem cá está!”, mas isso não se aplica a John John Florence. O havaiano, que, aliás, celebrou ontem 26 anos de idade, é uma das ausências mais sentidas no MEO Rip Curl Pro Portugal, a etapa número 10 do circuito mundial que está a ter lugar em Peniche e deve terminar amanhã, sábado, na praia dos Supertubos.
Corria o mês de junho quando John John Florence se lesionou. O bicampeão mundial tinha acabado de ser eliminado do CT em Keramas - por Jesse Mendes nos últimos segundos do Heat - quando decidiu dar um free surf ao lado da zona de competição para desanuviar e, bem, acabou por se lesionar no joelho.
Mais tarde, escreveu-se que JJF só voltaria ao ativo em julho de 2019, mais de um ano depois. Verdade ou não, não deixa de ser alarmante. Desde então fez-se silêncio absoluto e o regresso às lides do Tour permanece no segredo dos deuses.
O certo é que a energia e o 'commitment' que John John põe no surf é incomparável. Na retina humana de quem teve o privilégio de observar ao vivo fica para sempre a sua abusada performance em 2016, quando se sagrou campeão mundial pela primeira vez graças a uma vitória expressiva e inesquecível, precisamente, na arena dos Supertubos.
Agora, por estes dias, sente-se a falta daquela magia com que nos habitou - alley oops a perder de vista, rotações aéreas que levam as mãos à cabeça, tubos profundos que pareciam impossíveis e carves com uma pressão e amplitude que, desculpem-nos, mais ninguém faz.
O surf está mais pobre, ninguém surpreende como ele e há claramente um vazio por preencher. Não é todos os dias que se vê um surfista com o gabarito e talento do havaiano a despontar.
Parabéns, John John… e já agora fica a saber que os fãs portugueses sentem a tua falta.
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AF