Em 2011 Garret McNamara fez história e colocou a Nazaré na boca do Mundo, desde a CNN à BBC, os principais media do globo inteiro colocaram imagens prime da Nazaré. A partir desse momento uma das palavras mais pesquisadas na net, em Portugal, é precisamente Nazaré.

O seu Presidente, Walter Chicharro, fala com orgulho da evolução do turismo contemporâneo da sua terra, consciente da expansão da economia através do Mar, usando a expressão: “A Nazaré nasceu e cresceu do mar para a terra.”

Um dos seus objetivos, por exemplo, é que o Porto da Nazaré ocupe um lugar na estratégia global do país.

A sazonalidade do turismo na região está a diminuir na hotelaria. Durante o inverno esta apresenta uma faturação 50% acima do normal e a restauração vai pelo mesmo caminho.

O ascensor da Nazaré, que liga o centro da vila e as praias ao Sítio, passou de 600 mil passageiros em 2013 para 840 mil em 2015. Também em 2015, o farol (Forte de S. Miguel Arcanjo) contou cerca de 125 mil visitantes, subindo para 200 mil em 2016. 

O “branding” Nazaré que comercializa produtos ligados ao Surf não para de crescer.

Walter expressa bem uma das carateristicas do Nazareno: a hospitalidade, o saber receber os estrangeiros de todos os cantos do Mundo que chegam a este lugar.

Vistei com ele o “Surfer Wall” no Forte de S. Miguel Arcanjo que exemplifica bem a importância que o Surf tem na região, transformado numa éspecie de museu do surf com pranchas dos mais variados surfistas que de forma destemida enfrentaram o chamado “Monstro de Loch Ness português”. Desde Garret McNamara a Carlos Burle passando por Maya Gabeira e o nosso João Macedo, até Mike Stewart, a lenda do bodyboard, está presente.

O turismo brasileiro emerge na região de forma exponencial e muito por culpa da Maya [Gabeira] que tem um programa através do seu sponsor com várias imagens passadas na Nazaré.

Em relação ao Surf, neste momento os surfistas tem à sua disposição toda uma logística de apoio e segurança financiada diretamente pela Câmara Municipal que inclui motas de água, bombeiros, nadadores salvadores, sistema de comunicação de rádio e vigias.

Quem quiser surfar na Praia do Norte, desde que cumpra os requisitos de segurança e peça autorização à Capitania, pode sair do porto e enfrentar as montanhas de água. 

Só ainda não há controlo para a experiência do surfista. 

Texto: Bernardo "Giló" Seabra