Explosões sísmicas no Ártico ferem baleias e alarmam cientistas
A frequência e intensidade das explosões está a provocar danos na vida animal principalmente nas baleias que podem perder a audição.
As explosões sísmicas no Ártico estão a ganhar proporções alarmantes segundo os cientistas e activistas da Greenpeace.
Estas são provocadas pela indústria petrolífera que através dessa forma procura encontrar novas reservas subaquáticas de petróleo.
Uma empresa norueguesa que ali se instalou recentemente começou a realizar disparos debaixo de água com 259 decibéis. À superfície, este ruído sonoro podia ser comparado a ser oito vezes mais elevado do que um jacto de um avião em fase de descolagem.
A frequência e intensidade das explosões está a provocar danos na vida animal principalmente nas baleias que podem perder a audição. A cada dez segundos há um novo rebentamento, 24 horas por dia, sete dias por semana. (Ver vídeo em baixo).
Segundo o Dr. Oliver Boisseau do Marine Conservation Research, “é óbvio que o ruído da actividade sísmica tem um impacto sobre as baleias, pois pode danificar a sua audição, capacidade de comunicar e também desorientar os animais, afectando o seu comportamento de mergulho, alimentação e padrões de migração. Há indícios crescentes de que isso poderá causar sérias lesões, e também pode perturbar o sucesso reprodutivo e aumentar o risco de encalhes ou ficarem presas em armadilhas de gelo devido à desorientação", alertou.
Empresas como a BP, Chevron e a Shell possuem direitos de exploração de petróleo nesta região e são clientes habituais da TGS Nopec, empresa que efectua estas explosões para recolher dados.
Um barco da Greenpeace está a caminho da Groenlândia para monitorizar e analisar o impacto das explosões.