"Saber que tenho que trabalhar mais para atingir os objectivos dá-me força" - Diogo Horta (Perfil da Semana)
Perfil desta semana é local da Costa da Caparica.
Nome? Diogo Horta, mas os meus amigos, chama-me Hortinha.
Idade? Tenho 16 anos.
Praia local? Praia do Bexiga mais conhecida por Praia Nova - Costa de Caparica
Estudos? Frequento o 10º Ano e o meu objetivo é entrar na faculdade em Biologia Marinha ou Ciências do Desporto.
Anos de Surf? De competição tenho 4 anos, de surf tenho 6 anos. Vim da alta competição de natação e abandonei, para me dedicar inteiramente ao surf.
Quiver?
5’9 Squash tail – Maioritariamente uso durante os meses de menos ondulação.
5’10 Round pin – Prancha do dia a dia de Inverno.
6’0 Round pin – Step up para os dias maiores.
Porque escolheste fazer surf?
O meu pai faz suf desde pequeno e passou-me a paixão pelo surf, pelas ondas grandes e por tudo o que tem ligação a este desporto que decidi abraçar. Essencialmente pela virtude dos meus pais, pela vivencia do sítio onde cresci e comecei a surfar, é o ambiente onde me identifico, também devido à natação que faço desde os meus 6 meses.
Última surfada memorável?
Bem, esta é difícil, tenho muitas… Mas talvez a surfada que dei com o meu pai na praia da Arrifana. A primeira vez que surfei no point break de Canguru, aquela onda magnifica que parte a norte do porto de abrigo. Foi a primeira vez que apanhei 3 metros e com a onda a dobrar na ponta do cabo. Foi inesquecível, o meu pai deixou-me apanhar a primeira e quando estava a dropar só ouvia gritos dos restantes surfistas… Foi TOP…
Maior susto?
Foi no sul de Sumatra este ano, num dia com tamanho e muito power… Dropei uma onda do set, tinha uns 2 metros, meti para dentro, mas fui sugado… Quando cai bati com violência de costas no coral, resumindo fiquei todo “rasgado”… e tive de ir ao posto médico, mas nessa mesma tarde já estava dentro de agua outra vez, é mais forte que eu.
Viagem de sonho?
Já fiz algumas, Indonésia, Maldivas, mas onde quero mesmo ir é a Teahupo'o na Polinésia Francesa, vi fotos do meu pai e é realmente onde me identifico a surfar.
Competição ou free surf?
Verdadeiramente a competição, é uma coisa que trouxe do rigor da natação. Sei que comecei mais tarde que alguns colegas meus, mas, saber que tenho de trabalhar mais para atingir os objetivos definidos, dá-me uma força acrescida para ser mais eficiente e competente. Sinto que estou a evoluir e isso dá-me uma pica brutal… Tenho uma estrutura que me apoia muito.
Frase favorita?
A inspiração nunca chegará primeiro que o esforço. Assim como o talento não é nada sem trabalho.
Qual o teu e a tua surfista favorita para vencer o titulo mundial este ano?
Surfista favorito, essa é facil… Kelly Slater. Quando às surfistas tenho algumas, mas talvez a Carissa Moore.
O que falta à humanidade para conseguir um planeta melhor?
Penso que apenas temos de ser menos egoístas. A biodiversidade está a diminuir a uma taxa nunca vista pela humanidade, em toda a existência do planeta nunca a natureza sofreu tantas pressões. Milhares de espécies estão em risco de extinção, os ecossistemas estão a desaparecer. Todos os anos, as florestas enfrentam novos desafios, os oceanos sufocados com resíduos plásticos, consequentemente fauna, flora e em especial os recifes de corais cada vez mais tem dificuldade em proliferar. É isso… Temos de pensar mais no futuro.