Rita Jorge
Conhece uma das jovens surfistas da região oeste…
A crescente popularidade do Surf tem ajudado a revelar novos talentos que habitam as praias e ondas lusitanas. Esta semana fomos até à Península de Peniche onde encontrámos a Rita Jorge que nos contou o que a move neste meio. Fica agora a conhecê-la um pouco melhor.
Nome?
Rita Jorge.
Idade?
18 anos.
Praia local?
Sou de Peniche e surfo em todas as praias: Supertubos, Molhe Leste, Baleal…
Estudos?
12º ano de escolaridade.
Anos de surf?
7 anos.
Quiver?
Duas pranchas 5’6 da Fatum Surfboards.
“[no free surf] posso estar horas seguidas no mar
com os meus amigos e divirto-me imenso”
Por que escolheste praticar surf?
Quando era pequena, o meu primo levou-me a surfar com uma prancha de nadador-salvador e adorei o ‘feeling’. Como adorava desporto e com tantas ondas ao pé de casa, o meu pai inscreveu-me numa escola de surf.
Pico preferido?
Supertubos e Almagreira.
Última surfada memorável?
Nos Supertubos, na altura do campeonato mundial, com os meus amigos e o meu treinador, estava mais ou menos um metro e meio e sempre a darem boas ondas. Por acaso, também estava lá o Sebastian Zietz.
Maior susto?
Uma vez em Ribeira D’Ilhas, o mar estava muito mexido e vinham uns sets grandes. Perdi o leash no outside e tive que vir a nadar até à praia. Assustei-me quando me vi meio perdida lá fora, mas cheguei à praia a rir-me.
“O melhor surfista é o que mais se diverte"
Última viagem de sonho?
Ainda não fiz nenhuma, mas adorava ir à Austrália.
Competição ou free surf?
Prefiro free surf, porque estou completamente descontraída, posso estar horas seguidas no mar com os meus amigos e divirto-me imenso.
A tua frase favorita?
O melhor surfista é o que mais se diverte.
O melhor conselho que já recebeste?
Dá o melhor de ti em tudo o que fazes.
Se fosses um animal, qual seria? Porquê?
Talvez um golfinho, porque também “surfam” e por serem o meu animal preferido.
“Há uma grande necessidade de regular
esta atividade como produto turístico"
Como está o surf atualmente?
Atualmente, há cada vez mais pessoas a praticarem surf, principalmente turistas, e, sendo de Peniche, um dos melhores destinos de surf em Portugal e no mundo, noto muito isso pelo crowd que há dentro de água. Há uma grande necessidade de regular esta atividade como produto turístico. Por outro lado, acho que a nível de formação para competição, um atleta que queira evoluir tem que investir muito dinheiro (em material, treinadores, deslocações, etc.) para conseguir atingir os seus objetivos, uma vez que os clubes de surf locais não têm condições para proporcionar essa formação aos jovens, contrariamente ao que acontece noutros desportos.
Quem é a tua grande inspiração nacional e internacional?
A nível nacional, o Kikas, e a nível internacional a Carissa Moore. Também admiro imenso a Bethany Hamilton pelo seu exemplo de vida.
Se não fosses surfista o que serias?
Antes de surfar já jogava xadrez, desde os 7 anos, e sou atualmente campeã nacional. Se não fosse surfista, provavelmente seria xadrezista na mesma, mas não me consigo imaginar sem surfar.
Mensagem a deixar?
Respeitem o meio ambiente e mantenham as praias limpas: “Sorri para a Natureza e a Natureza sorrirá para ti”.
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Nota: Fotografias de arquivo pessoal.