A crescente popularidade do Surf tem ajudado a revelar novos talentos que habitam as praias e ondas lusas. Esta semana fomos até à Praia do Guincho, em Cascais, onde encontrámos Rafael Silva que nos contou o que o move neste meio. Fica agora a conhecê-lo um pouco melhor. 

Nome?

Rafael Villechanoux Rodrigues da Silva.

Idade? 

15 anos. 

Praia local?

Guincho.

Estudos?

9º ano.

Anos de surf?

8 anos.

Quiver?

5’2’’ KT Surfboards e 5’3’’ Pyzel.

“[O Surf] está a crescer, com muitos bons surfistas em todas as categorias"

Por que escolheste praticar surf?

Não foi uma escolha, aconteceu. A minha família sempre esteve ligada ao Mar, o meu pai tem uma loja de desportos náuticos, desde sempre o Mar e a praia são a nossa segunda casa.

Pico preferido?

A praia do Guincho.

Última surfada memorável?

Honolua Bay, foi o maior swell dos últimos 3 anos em Maui, Havai. Em janeiro de 2018, começámos o dia a pensar que iria ser a última surfada da nossa vida, pois de manhã foi emitido um alerta de ataque nuclear proveniente da Coreia do Norte! Decidimos ir para praia, pois os bungalows de madeira não serviriam de proteção. Em Hookipa Beach estava impossível, mar gigante, ninguém na água… Fomos então para Honolua Bay com o swell a crescer a cada set e, durante duas horas no pico do swell, éramos 18 surfistas dentro de água. Fui o único “grom" que entrou, os sets maiores rondavam os 6 metros "Hawaian Size", muitos locais deram os parabéns ao meu pai e fiquei orgulhoso de aguentar umas grandes porradas e umas boas raspadelas no reef, para além de fazer umas boas ondas.

 
Maior susto?

Anchor Point, em Marrocos, tinha 11 anos, com ondas médias mas na altura pareciam-me muito grandes. Assustei-me com as rochas e uns sets maiores na cabeça, pois alguns do grupo foram lá parar. 

“(…) desde sempre o Mar e a praia são a nossa segunda casa"

Última viagem de sonho?

Maui Havai.

Competição ou free surf?

Competição.

A tua palavra favorita?

Bora…

 
O melhor conselho que já recebeste?

“Sem medos“ é o que me diz sempre o meu pai.

 
Se fosses um animal, qual seria? 

Talvez um golfinho, pela maneira como estão em sintonia com o Mar, ou então o meu cão Jack que tem uma vida de rei. (risos)

“[Em Honolua Bay] Fui o único “grom" que entrou,

os sets maiores rondavam os 6 metros Hawaian Size"

 
Como está o surf atualmente?

Acho que está a crescer, com muitos bons surfistas em todas as categorias. 

Quem é a tua grande inspiração nacional e internacional?

A nível nacional, Ruben Gonzales, que é uma máquina em ondas grandes, e também o Frederico Morais por estar no topo do surf mundial. Internacional: Griffin Colapinto.

Se não fosses surfista o que serias?

Não penso nisso….

Mensagem a deixar?

Não tenho, apenas boas ondas…

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Nota: Fotografias de arquivo pessoal.