Gony e o triunfo na Liga Moche: "O Circuito Nacional tem nível mundial"
Um surfista Galego que conquistou o coração dos Portugueses...
Gony Zubizarreta tem uma ligação fortíssima com o nosso país e com o nosso surf há vários anos, ao ponto de Portugal ser já uma segunda casa para ele. O triunfo na Liga Moche foi o corolário dessa relação. Um prémio do trabalho e do talento, uma vitória que, assume, nunca foi o seu principal objectivo mas que, reconhece, fará parte das suas memórias competitivas mais gratas.
SURFTOTAL(ST): Gony, porque razão decidiste competir na Liga Moche? O que te levou a tomar esta decisão?
GONY ZUBIZARRETA(GZ) - Um dia, o Francisco Rodrigues ligou-me a perguntar se estava interessado em competir na Liga Moche. Isto foi numa altura em que já estava há algum tempo baseado na Ericeira. O Zé Maria Pyrrait ajudou-me desde os inicíos deste processo. Ele é muito mais que um treinador para mim. Considerei uma boa oportunidade para manter a minha forma competitiva entre as etapas do WQS, já que o circuito nacional português tem nível mundial.
*Este ano para além do main sponsor Volcom, Gony entrou para o prestigiado team da Oakley Internacional.
ST - tu que competes nos WQS e que viajas pelo mundo. Como classificas o campeonato de surf português(liga moche)? há alguns países com este tipo de circuito nacional? E em Espanha como é?
GZ - A Liga Moche é o circuito nacional mais profissional que conheço. Nao ha em toda Europa uma coisa assim. Os franceses , espanhóis, ingleses, etc. adoravam competir na Liga Moche. Os circuitos nacionais destes países são muito amadores, as federações não estão a fazer as coisas de forma correcta. Agora em Espanha estão a aparecer novos eventos bem organizados pela Agência Spankeys do Jaji Iglesias, eles têm o objectivo de criar uma Liga profissional de surf parecida com a Liga Moche e estão a trabalhar duro para isso.
GZ - A Liga Moche é o circuito nacional mais profissional que conheço. Nao ha em toda Europa uma coisa assim. Os franceses , espanhóis, ingleses, etc. adoravam competir na Liga Moche. Os circuitos nacionais destes países são muito amadores, as federações não estão a fazer as coisas de forma correcta. Agora em Espanha estão a aparecer novos eventos bem organizados pela Agência Spankeys do Jaji Iglesias, eles têm o objectivo de criar uma Liga profissional de surf parecida com a Liga Moche e estão a trabalhar duro para isso.
ST - Como te parece o nível geral em termos de surf? muito competitivo?
GZ - O nível é muito alto. A partir dos quartos de final há muitas baterias com nivel "Prime" mundial e, algumas, top 32.
GZ - O nível é muito alto. A partir dos quartos de final há muitas baterias com nivel "Prime" mundial e, algumas, top 32.
""O nível é muito alto. A partir dos quartos de final há muitas baterias
com nivel "Prime" mundial e, algumas, top 32.""
ST - O teu objetivo era ganhar a Liga Moche? Foi o reconhecimento geral em relação ao teu triunfo?
GZ -O meu objetivo nunca foi ganhar a Liga. Eu só surfei para ganhar cada bateria e cada campeonato, para ganhar ritmo e confiança! Claro que ganhar a Liga Moche foi um grande resultado e tem imenso valor para mim. Ficará na minha memória. Adorei competir este ano em Portugal. Começar com aquela vitória em Ribeira D' Ilhas foi especial e, em termos competitivos, deu-me uma motivação enorme para o resto do 2016. Antes dessa etapa não estava com muita "pica" para competir e um simples campeonato mudou tudo na minha cabeça. Senti um reconhecimento enorme por parte da maioria das pessoas, que ficaram felizes por eu ter ganho a Liga, mesmo sendo uma situação diferente e confusa por causa da minha nacionalidade espanhola. Estou muito contente e agradecido a todos por me fazerem sentir querido e respeitado em Portugal. Especialmente, agradeço à Semente por todas as pranchas e apoio desde o ano 2000, a Nick Uricchio e a sua família , a Zé Maria Pyrrait por todo o trabalho de treino, a Helder Ferreira por todos estes anos abrindo portas para mim em Portugal, aos meus patrocínios, à minha família, a Marlon Lipke e a todos os amigos que tenho neste país. Obrigado à ANS, à Federaçao Portuguesa de Surf e ao Ericeira Surf Clube por esta oportunidade.
*Gony venceu a 1ª etapa da Ericeira,assim como a ultima no Guincho. Curiosamente Camilla Kemp também alcançou tal feito.
ST - Sentes-te em casa em Portugal? ... Já ponderaste mudar de nacionalidade?
GZ - Sinto-me em casa em Portugal há bastante tempo, mas tambem em Espanha. A Galiza ainda é a minha casa e por isso nunca pensei em ter nacionalidade portuguesa...
ST - Em relação ao WQS, estás neste momento na 43ª posição e ainda tens hipóteses de entrar este ano na elite. Caso isso não aconteça, em 2017 estarás lá com toda a força?
GZ - Este ano estou a curtir mais a competição e isso tem-se reflectido nos meus resultados. Vou dar o meu melhor nesta recta final do WQS e esperemos que tudo corra bem. Estou com mais força que nunca!
GZ - Sinto-me em casa em Portugal há bastante tempo, mas tambem em Espanha. A Galiza ainda é a minha casa e por isso nunca pensei em ter nacionalidade portuguesa...
ST - Em relação ao WQS, estás neste momento na 43ª posição e ainda tens hipóteses de entrar este ano na elite. Caso isso não aconteça, em 2017 estarás lá com toda a força?
GZ - Este ano estou a curtir mais a competição e isso tem-se reflectido nos meus resultados. Vou dar o meu melhor nesta recta final do WQS e esperemos que tudo corra bem. Estou com mais força que nunca!
*Gony em braços. O seu pai do lado esquerdo que o tem vindo a acompanhar incondicionalmente desde que começou o seu percurso no surf, junto com Nicolau Von Rupp, seu grande amigo
- Créditos fotos: Pedro Mestre