“Fiquei muito feliz por ter recebido este wildcard pela segunda vez. Este ano, os campeonatos internacionais não me têm corrido muito bem portanto, ver que as pessoas continuam a acreditar em mim é muito importante e vou dar o meu melhor”, confessou José Ferreira à SurfTotal, após receber o wildcard para entrar na prova prime do circuito mundial de qualificação, o SATA Azores Pro presented by Sumol, que se realiza de 2 a 7 de Setembro, na praia de Santa Bárbara, Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, Açores.

“Gosto muito da ilha, é um sítio que me sinto muito bem. Já lá fui duas vezes e inclusive, no ano passado, fiquei lá um mês. Estou feliz não só por voltar às ondas, mas como à ilha. É realmente um paraíso”, sublinhou.

Quanto à estratégia, Zé garantiu-nos que só há uma: “dar tudo por tudo e divertir-me, que também é importante e às vezes falta um bocado isso. Com a pressão começamos a esquecer esse lado que é igualmente importante no surf, pois está ligado à criatividade e à espontaneidade.”

À hora que conversámos com Zé Ferreira, notámos que a sua voz estava triste. Não era para menos. Tinha acabado de ser eliminado da etapa de três estrelas do circuito mundial de qualificação a acontecer em Pantín. Mas o atleta de 23 anos não se deixa ir abaixo facilmente e garra é o que não lhe falta. Questionado sobre o que acha que tem faltado para obter melhores resultados, Zé confessa-nos que não sabe, mas garante que já está a analisar a situação. “Na maioria dos meus heats tenho perdido por muito pouco e honestamente, não sei muito bem o que me tem faltado… acho que na carreira há momentos em que perdemos e outros que ganhamos, mas o que importa é ser persistente.” Mais nada.

Se o treino é importante (e Zé tem andado a trabalhar nessa área), a alimentação também se junta à festa. O atleta, que recentemente esteve num workshop de cozinha, diz-nos que tem cuidado com a sua alimentação. “Qualquer pessoa é aquilo que come, especialmente nós atletas que trabalhamos com o corpo e precisamos de estar bem. Já há tantos fatores que não podemos controlar por isso, aqueles que podemos melhor e a alimentação faz diferença. Não digo que faça diferença no dia seguinte, mas a médio a prazo”, reforçou.

De regresso a Portugal, a próxima paragem do português é nos Açores. “Vou três dias mais cedo”, concluiu.

BS