Brisa Hennessy chegou a Portugal a vestir a lycra amarela que simboliza o primeiro lugar no ranking do CT, depois de uma emocionante vitória em Sunset Beach. Em conversa com a Surftotal, revelou que até agora esse triunfo ainda a deixa “sem palavras”, e que julgava que algo assim só fosse acontecer “em sonhos”.

A atleta costa-riquenha, a única representante do seu país no CT, agora que o seu conterrâneo Carlos Muñoz está lesionado e não pode competir, compreende o peso e o legado da lycra que vai vestir para disputar os seus heats no MEO Pro Portugal, e guarda no seu pensamento “os melhores atletas do mundo que vestiram esta lycra” – algo que tanto lhe serve como motivação como lhe dá um sentido de responsabilidade.

"Energia positiva e leveza são a chave."

Além disso, Brisa afirma que adora a cor amarela pelo que ela transmite: “boa energia, sol, calor”. A surfista quer abraçar o significado que a cor tem para si, que vai além do simbolismo da vitória. “Essa motivação de trazer calor, energia positiva e leveza é a chave”, diz.

Leveza é certamente uma boa palavra para descrever Brisa Hennessy, que parece estar a aproveitar cada momento dos seus dias de glória, e parece continuar focada nesta que é a 3ª etapa do CT 2022. No primeiro dia do evento, enfrentou Isabella Nichols e Bronte Macaulay na ronda inaugural, e passou em segundo lugar, atrás de Nichols, para a terceira ronda, onde vai enfrentar Courtney Conlogue no heat 3.

Oriunda de um país quente, Brisa encontra em Portugal um desafio adicional: “Nunca estive cá durante o Inverno, por isso é uma grande diferença de temperatura.” Nem por isso deixa de ver o copo meio cheio, acrescentando que “mesmo assim é lindo, o sol ainda está a brilhar e as ondas estão incríveis. A água é fria, mas deixa-te alerta, faz com que o corpo acorde. Estou muito agradecida por estar aqui”.

 A actual licra amarela tem boa energia. WSL

"Quero conectar-me com o amor que tenho pelo surf."

Quanto aos seus objectivos para etapa e para o circuito, a atleta ofereceu uma resposta refrescante e honesta: “Só me quero encontrar e conectar-me com o amor que tenho pelo surf. O mundo é um lugar de loucos no momento, e como surfistas temos tanta sorte por podermos fazer o que fazemos, estar aqui a competir. Quero estar presente no momento e amar o que faço.”

É cedo para adivinhar como Hennessy se vai sair nesta etapa, mas uma coisa é certa: o amarelo fica-lhe bem.