Mafalda Lopes: "O objetivo passa sempre por sagrar-me campeã nacional”
O exclusivo com uma das jovens surfistas de referência…
Mafalda Lopes, atleta da Associação Surf Costa de Caparica, campeã nacional em título na categoria sub-16, proporcionou um atuação avassaladora no Renault Porto Pro, a segunda paragem da Liga MEO Surf 2018, e terminou o campeonato num ótimo 2.º lugar. Com esse resultado ascendeu ao quarto lugar do ranking nacional e aproveitou para se colar aos lugares da frente. Eis o que nos contou sobre essa performance incrível nas águas do norte do país.
Todas as imagens por Pedro Mestre/ANSurfistas
Surftotal: Parabéns! Que grande resultado e performance no Renault Porto Pro este fim de semana. Fala-nos dessa etapa, de como correu para ti e das ondas que encontraste no Porto?
Mafalda Lopes: Esta etapa correu muito bem para mim. Cheguei à final pela quarta vez na Liga e consegui mostrar mais o meu surf. As condições estavam ótimas e diverti-me imenso!
Surftotal: Depois deste segundo lugar, que objetivos tens para a presente temporada competitiva?
ML: Na Liga MEO Surf, tenho como objetivo ser a melhor surfista sub-18 e ficar dentro do top 3. Estou também muito focada no Pro Junior europeu.
“Tenho como objetivo [na Liga] ser a melhor
surfista sub-18 e ficar dentro do top 3"
Surftotal: Como viste o nível de surf apresentado por todas as raparigas nesta prova?
ML: O nível de surf feminino está cada vez a aumentar mais e vimos nesta prova que há um grupo de cerca de 6 meninas que podem chegar à final em qualquer etapa! Isso é ótimo!
Surftotal: De toda a concorrência que tens vindo a observar, qual a atleta que a teu ver apresenta o melhor nível de surf?
ML: Na minha opinião, acho que são três as atletas que mostram o nível mais elevado de surf: a Teresa Bonvalot, a Camila Kemp e a Carol Henrique.
“(…) há um grupo de cerca de 6 meninas que podem chegar à final"
- Um bottom-turn bem definido para atacar o lip de seguida.
Surftotal: Fala-nos da importância da Liga MEO Surf para a evolução do surf feminino…
ML: Sendo a Liga uma competição open é importante para a evolução do surf feminino, porque as atletas júniores, como eu, competem com atletas mais experientes, aumentando assim a nossa competitividade.
Surftotal: O ano passado sagraste-te campeã nacional em sub-16. Um dos teus objetivos para 2018 passa por renovar o título em esperanças?
ML: Claro que sim! O meu objetivo passa sempre por sagrar-me campeã nacional, mas o meu principal foco é o Pro Junior europeu e ser convocada para representar Portugal ao nível de seleções.
"O meu objetivo passa sempre por sagrar-me campeã nacional"
- A cruzar os cilindros de Leça da Palmeira no passado sábado.
Surftotal: Este inverno foi de muito frio e tempestades consecutivas, mas também de grandes ondas em determinadas zonas do país. Como te preparaste para a nova época competitiva?
ML: Foi um inverno difícil, mas Portugal tem sempre algumas praias que dão para surfar nesses dias de tempestade.
Surftotal: Em termos de performance, quais dirias serem as tuas grandes vantagens e desvantagens? Como estás a tentar melhorar?
ML: Tenho estado a trabalhar na minha consistência nos heats, ou seja, conseguir fazer duas notas altas por bateria para chegar cada vez mais longe e apresentar um surf mais inovador e radical.
"Tenho estado a trabalhar na minha consistência nos heats
para apresentar um surf mais inovador"
- Flow, pressão e estilo dão nisto. Momento bem plástico no Renault Porto Pro.
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Entrevista_AF | Imagens de Pedro Mestre/ANSurfistas