
Tarifas nos EUA fazem subir o preço das pranchas de surf e podem mudar o mercado em Portugal
Decisão americana pode ter impacto global — e abrir portas para marcas locais e europeias...
As tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre pranchas de surf importadas — especialmente da China — estão a gerar um efeito dominó que começa a sentir-se no mercado global.
Embora dirigidas ao mercado norte-americano, estas medidas podem ter impacto indireto na Europa e até em Portugal.
O que se passa nos EUA?
As tarifas estão a encarecer as pranchas vindas da Ásia, o que já se traduz em preços mais altos para os consumidores americanos.
Muitos fabricantes desviaram a produção para países como o Vietname e Tailândia, tentando contornar os aumentos, mas os custos continuam a subir, inclusive em matérias-primas como resina e fibra de vidro.
Apesar do objetivo de fortalecer a produção local nos EUA, os elevados custos de mão de obra e as regulamentações ambientais continuam a dificultar o crescimento da indústria interna.
E na Europa?
Na Europa, não existem tarifas diretas sobre pranchas de surf, mas as tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia — com possíveis tarifas retaliatórias — podem influenciar o mercado europeu de forma indireta.
Pranchas de marcas americanas podem ficar mais caras se forem incluídas nas medidas retaliatórias da UE.
Marcas como Channel Islands, Lost, FireWire, HaydenShapes (australiana mas com grande presença nos EUA), Slater Designs e …Lost Mayhem são amplamente distribuídas na Europa e poderão ver os seus preços subir.
Esta subida pode beneficiar marcas europeias ou de produção asiática alternativa, que podem oferecer pranchas com preços mais competitivos.
Há também uma crescente atenção à sustentabilidade, com consumidores mais atentos à origem das pranchas e ao seu impacto ambiental.
E para os surfistas em Portugal?
Para já, os efeitos diretos são mínimos. Mas o contexto internacional pode trazer mudanças importantes no mercado português:
Pranchas americanas que chegam às surf shops portuguesas poderão ficar mais caras, especialmente se forem afetadas por tarifas ou custos logísticos acrescidos.
Os shapers portugueses podem sair beneficiados, com mais procura por pranchas feitas à mão, personalizadas e com menor impacto ambiental.
O mercado de pranchas de segunda mão ou ecológicas também pode crescer, acompanhando a tendência global por escolhas mais conscientes e locais.
Em resumo:
Mesmo que as tarifas sejam uma medida americana, o seu impacto pode alterar o equilíbrio do mercado de pranchas a nível global.
Em Portugal, esta pode ser uma excelente oportunidade para valorizar o produto nacional e apoiar a comunidade de shapers nacionais — com mais consciência e mais sustentabilidade.
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