Há umas semanas falámos do bom momento que Filipe Toledo atravessa, salientámos algumas das suas qualidades e comentámos ainda o facto de que poderá tornar-se, pela primeira vez na carreira, campeão mundial de surf.

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Pois bem, depois do fantástico domínio de Italo Ferreira em Keramas, etapa que venceu e deixou o brasileiro isolado no comando do ranking mundial, não será descabido afirmar que Toledo vai ter seguramente concorrência. E da forte!

Dito isto talvez seja de recordar que Italo Ferreira, de 24 anos, oriundo da Baía Formosa, se estreou na elite mundial em 2015, tendo terminado a temporada na 7.ª posição. Nesse ano foi considerado Rookie do Ano e participou numa final - 2.º lugar no Moche Rip Curl Pro em Peniche, Portugal. 

Mais tarde, em 2017, lesionou-se em Snapper Rocks e acabou por falhar três etapas. Apareceu em Fiji, mas quando chegou o final do ano, em Pipeline, precisava de um resultado para se requalificar… que acabou por conseguir, terminando em 5.º no Havai e dispensando o “injury wildcard” para a presente temporada. 

Mais do que a versatilidade, que foi evidenciada até por Kelly Slater, que escreveu nas redes sociais: “Velocidade, power, fluidez e variedade. Na onda da 1/2 final frente a Jordy Smith ele até fez um pequeno shuvit só para mostrar que tem um pouco de tudo. Que pensem do nível hoje em dia?”; Italo tem uma coisa que é muito importante no mundo do surf atual - o Fator X.

O Fator X é o que permite surpreender tudo e todos, elevar os níveis e aterrar em manobras que à partida pareciam impossíveis. A prova são duas estridentes vitórias em Keramas e Bells Beach, a posse da “yellow jersey” e incontáveis scores na casa da excelência.

O futuro parece ser promissor para o humilde jovem Italo Ferreira.