Crise de resultados para John John
Análise ao pior início de temporada do havaiano…
Depois de sido afastado no Round 4 do Oi Rio Pro, por Yago Dora e Wade Carmichael, os fãs de John John Florence - como nós - puseram-se a pensar: Que raio se passa com o havaiano?
É a cruz de ser campeão mundial, as pessoas esperam sempre mais e tem custado aceitar derrotas em fases iniciais de campeonatos. JJF é definitivamente o melhor surfista da atualidade, mas competitivamente falando é capaz do melhor e do pior - por vezes perde por ser demasiado paciente… e por outras vence heats a virar nos últimos segundos com notas de pontuação máxima. É um surfista verdadeiramente capaz de surpreender.
Talvez essa curva oscilante que tem marcado a sua carreira, entre o positivo e negativo, o tenha levado a ser um dos mais escrutinados surfistas do planeta. No entanto, uma coisa deve ser dita em seu abono. A concorrência é forte, não anda definitivamente a ver navios passar. Estes são os melhores surfistas do planeta que se complementam com o melhor surf técnico juntamente com as melhores estratégias de competição.
No CT não há heats fáceis, todos surfam bem. Porém, se o adversário está a surfar melhor, por vezes o que é preciso fazer é algum “mind games” e jogar com as regras da competição. Neste campo, parece-nos, John John tem que trabalhar um pouco mais, mesmo sabendo que isso pode ir contra a sua maneira de ser - um pouco mais de atitude e agressividade será suficiente e o que basta, dirão os críticos.
- Exibição apagada do bicampeão mundial no Brasil. Foto: WSL/Poullenot
Seja como for, o havaiano averbou em Saquarema, na passada quarta-feira, o seu terceiro mau resultado esta temporada. Na prática isto significa que este é oficialmente o pior inicio de temporada desde 2012, altura em que o bicampeão mundial se juntou à elite da WSL (N.A.: E nesse ano, por exemplo, depois de um 13.º e 9.º lugar na Austrália, veio uma vitória precisamente no Oi Rio Pro).
Contrariamente ao que aconteceu em 2017, quando começou o ano com uma vitória e dois terceiros lugares, o que John John nos tem para mostrar até agora é um 25.º, 13.º e 9.º lugar. Sentado em 26.º lugar no ranking à partida para o Brasil, está muito distante das pretensões de um novo título.
É certo que JJF ainda não convenceu este ano, mas é seguramente capaz de muito melhor e, atenção, convém não esquecer que no horizonte estão duas provas que podem servir para o “turning point” da temporada.
Uma delas é o Corona Bali Pro, com início a 27 de maio, e a outra o encerramento do Margaret River Pro em Uluwatu, que terá lugar 48h após o encerramento do evento em Keramas. Podem ter certeza, estas provas vão seguramente mexer com as contas do ranking.
Dará o havaiano a resposta que se espera em Bali?