John John e Kelly Slater, finalistas no Taiti com o último a levar vantagem. John John e Kelly Slater, finalistas no Taiti com o último a levar vantagem. Foto: WSL quarta-feira, 24 agosto 2016 10:18

JOHN JOHN NA LIDERANÇA COM KELLY SLATER AFASTADO DA LUTA PELO TÍTULO

Aos 44 anos o norte-americano continua a bater recordes no mundo do surf...

 

Kelly Slater esteve ontem imparável nas águas de Teahupoo, levando de vencida a sétima etapa do World Tour - o Billabong Pro Tahiti. A final disputada com John John Florence foi, na verdade, o “grand finale” que todos nós esperávamos desde 2014, precisamente quando os dois se encontraram nas meias finais deste mesmo evento.

 

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A vitória conseguida ontem foi a 55ª da carreira em CT’s e a quinta no Taiti, mas a primeira conseguida nos últimos dois anos e meio, desde o Pipeline de 2013 (onde derrotou John John na final). Tom Curren, que já não compete, por exemplo, ocupa a segunda posição no histórico com 33 vitórias. 

 

Kelly voltou ao top 10 do ranking mundial (onde sempre terminou desde 1992), galgando onze posições até ao oitavo lugar, mas para já, segundo o próprio, não é candidato ao título uma vez que a distância até ao primeiro lugar é de 18 mil pontos. 

 

“Estou apenas a tentar reduzir a distância [para o título]. Os primeiros quatro eventos não foram favoráveis, mas agora sinto-me relaxado e sem stress talvez por estar de volta aos primeiros lugares. Neste momento não tenho a pressão de Wilko, Gabriel ou John John, pois não sou uma ameaça ao título mundial. Precisaria de mais duas vitórias para sentir que poderia lá chegar. Vou apenas trabalhar para fazer boas performances e sentir-me relaxado nos heats,” disse.

 

Kelly parece querer afastar (ou pelo menos não pensar) no sonho do 12º título mundial, mas tal ainda não é matematicamente impossível. A quatro provas do final, incluindo uma perna europeia que revela sempre algumas surpresas, as contas poderão sofrer ainda oscilações. Meus senhores, isto está interessante, muito interessante de acompanhar. 

 

 

AS CONTAS DA CORRIDA AO TÍTULO

Apesar de ter terminado em segundo, John John conseguiu o objetivo primário de “roubar” a camisola amarela a Matt Wilkinson. O afastamento prematuro do australiano no Taiti fez com que o havaiano apenas precisasse alcançar os quartos de final para ficar na liderança, algo que cumpriu em grande estilo e de forma até natural.

 

Com Trestles, Hossegor e Peniche no horizonte, ondas que puxam claramente por um surf mais técnico, o trio da frente aquece motores e deixa os fãs do surf empolgados. No entanto, pelo surf que apresentam, é sempre de frisar que Gabriel Medina e John John parecem levar vantagem nesta reta final do WT. Os atributos dos dois, seja no repertório aéreo ou a cravar o rail, são sobejamente conhecidos. No entanto, no início do ano quem é que pensaria que à entrada da sétima etapa seria Wilko quem estaria na frente do Tour?

 

O trio JJF-MW-GM tem uma vantagem confortável para os quarto e quinto classificados, Adrian Buchan, Julian Wilson e Jordy Smith, respetivamente, de mais de 10 mil pontos. Porém, com as recentes vitórias de Kelly Slater e Mick Fanning, veteranos do circuito, acreditamos que tudo está em aberto e pode acontecer. Pelo menos até à derradeira etapa em Pipe, o palco de todas as decisões. 

 

O circuito avança agora para o Hurley Pro, a oitava etapa do CT em Lower Trestles, na Califórnia, que tem lugar entre 7 e 8 de setembro. 

 

Ranking atualizado (top 10): 

 

1. John John Florence (HAW) 39,900 pts

2. Matt Wilkinson (AUS) 36,000 pts

3. Gabriel Medina (BRA) 35,700 pts

4. Adrian Buchan (AUS) 26,200 pts

5. Julian Wilson (AUS) 25,200 pts

6. Jordy Smith (ZAF) 25,200 pts

7. Adriano de Souza (BRA) 24,900 pts

8. Kelly Slater (USA) 24,450 pts

9. Italo Ferreira (BRA) 24,000 pts

10. Mick Fanning (AUS) 23,450 pts

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