José Ferreira chegou à final onde não conseguiu encontrar ondas com potêncial José Ferreira chegou à final onde não conseguiu encontrar ondas com potêncial WSL/Masurell domingo, 24 julho 2016 13:09

DOIS PORTUGUESES VICE CAMPEÕES NO SANTA CRUZ PRO

Carol Henriques e José Ferreira conquistaram o 2º lugar nas respetivas categorias...


O Santa Cruz Pro 2016, prova da World Surf League (WSL) a contar para o mundial de qualificação que atribui ao primeiro classificado um total de 1.000 pontos, coroou como vencedores o francês Andy Criere e a atleta basca Garazi Sanchez Ortun. Em 2.º lugar ficaram os atletas que representam Portugal José Ferreira e Carol Henrique.

Na final masculina, José Ferreira que esteve em destaque ao longo de todo o campeonato, fez um score total de 5,66 pontos, perdendo assim para o francês Andy Criere, que somou 15 pontos. “Estou muito feliz. Portugal tem sido tão bom para nós, toda a semana, tenho amigos próximos que vivem na Ericeira, então estive lá, a surfar ondas super divertidas. Foi tudo ótimo desde o início. Estou muito feliz com o resultado, com as boas ondas. Na final eu sabia que tinha de lutar porque o José [Ferreira] é um excelente atleta e muito inteligente e eu tinha de me focar em ter duas boas ondas no início do heat e depois apanhar as ondas certas. Levo a vitória para casa e não podia estar mais feliz”, disse Andy Criere, vencedor do Santa Cruz Pro 2016.

Quanto ao surfista do Guincho, embora esteja feliz com o 2.º lugar confessou-se também um pouco desapontado. “É um misto das duas coisas. Estou feliz com o evento que fiz. A competição tem muito aquela coisa de que quando a pessoa ganha é a melhor, quando perde é a pior. Mas também há que ver um 2.º lugar num WQS é sempre um bom resultado. Estou feliz com a minha prestação ao longo do campeonato embora obviamente um pouco desapontado por não ter ganho a final. Mas sem dúvida que me deu uma motivação extra para a segunda parte do ano”, disse José Ferreira, que antes desta prova se encontrava na 101.ª posição do ranking mundial.

Embora ainda não tenha feito contas sobre quantos lugares sobe na lista, sabe a importância deste resultado. “Ainda não fiz contas. Agora tenho um campeonato em França, também um WQS e o meu objetivo este ano é manter-me no top 100, com o melhor resultado possível, se for no top 50 melhor ainda. Mas o objetivo é solidificar as minhas prestações em competição, especialmente em campeonatos de maior pontuação como os Prime [WQS 10.000 pontos], para começar a pensar entrar no WCT nos próximos anos”, avança o vice-campeão desta etapa. Quanto à onda de Santa Cruz, José Ferreira diz gostar muito. “Santa cruz é um local com imenso potencial, venho muito para cá treinar. E às vezes surfar só para me divertir. Acho uma iniciativa incrível da WSL apostar em novos sítios e apresentá-los ao mundo. Não só fazer campeonatos nos sítios mais comuns, mas ir para sítios menos previsíveis mas igualmente bons”, conclui.

 

 

*José Ferreira celebra o podium, juntamente com Andy Criere, Garazi Sanchez e Carol Henriques. - WSL/Masurel

Nas senhoras, o 1.º lugar foi para Garazi Sanchez Ortun. Na competição feminina, Carol Henrique foi derrotada no embate decisivo pela atleta basca, que somou 10,2 pontos, contra 9,1 de Carol. “É sempre muito difícil para qualquer atleta vencer algo. A verdade é que vencer uma prova acaba por nos motivar bastante. Ganhar é sempre muito especial, e ainda para mais com surfistas com tanto nível. Poder mostrar o meu surf é muito importante”, disse Garazi após a final. Sobre Carol afirmou que esta “ surfa muito bem”. “Em qualquer momento ela pode virar a bateria e levar o título para casa, por isso eu sabia que era uma final complicada, é ainda mais importante ganhar conta uma atleta como ela”, conclui Garazi.

Já Carol Henrique, que há um ano se sagrou campeã europeia júnior em Santa Cruz, recorda a boa ligação que tem com a praia. “Adoro esta onda, o meu surf encaixa bem nessa onda, e depois há a 'vibe' de todas as pessoas na praia torcendo por nós que faz toda a diferença”, começa por dizer a surfista que embora tenha crescido no Brasil, vive atualmente em Portugal, depois de se ter juntado ao irmão Pedro Henrique, também a competir pelo nosso país.

“É sempre difícil chegar à final. Há sempre muita pressão e surfar bem. Queria vencer claro, mas estou feliz com o 2.º lugar. A derrota nem sempre é uma derrota. Sempre tiras coisas boas das derrotas. Estou feliz. Surfei bem em todo o campeonato. E agora é continuar a treinar para da próxima vez vencer”, conclui a atleta quem em agosto vai representar a seleção portuguesa nos Isa World Surfing Games, mundial por equipas.

*Carol Henrique numa das maiores do set durante o dia de Sábado na Praia da Fisica.

 

 

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