ILUMINAR O SURF @ CABEDELO
Em causa o projecto de iluminação do surf no Cabedelo da Figueira da Foz...
O projecto de iluminação do surf no Cabedelo da Figueira da Foz, proposto pelo arquiteto Miguel Figueira, no âmbito da reflexão promovida em 2010 por Eurico Gonçalves (Movimento Cívico SOS Cabedelo), é agora candidato ao orçamento participativo da autarquia por iniciativa de uma lista de cidadãos encabeçada por Gonçalo Cadilhe.
A iniciativa surge da vontade da implementação desta ação, não prevista no plano de investimento recentemente aprovado - Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) -, concorrente para valorização do local por via da potenciação das condições de exceção para a prática do surf.
O projeto desenvolvido na especialidade pelo engenheiro Jorge Costa já foi apresentado pelo SOS Cabedelo à Administração Portuária e Autoridade Marítima tendo sido muito bem acolhido.
Com esta iniciativa da cidadania espera-se que a autarquia venha a orientar o desenvolvimento do processo de reabilitação sobre o o principal ativo do Cabedelo: o Mar.
Na carta de apresentação de Miguel Figueira, datada de 2011, pode ainda ler-se:
A formulação da proposta para dotar o surf de condições da prática noturna surge na sequência da necessidade sentida por um grupo de surfistas apostados na valorização do Cabedelo enquanto lugar central na cultural local do surf e referência global, na sequência da coroação em dois anos seguidos de Kelly Salter no circuito profissional da WSL (ex-ASP).
Com efeito, as condições excecionais de regularidade para a prática de surf e proximidade da onda com uma estrutura fixa (molhe sul) onde era montada a bancada principal, possibilitando uma grande proximidade do público com a onda, que no passado justificaram a passagem do circuito profissional de surf pelo Cabedelo, são as mesmas que agora sustentam a proposta de iluminação.
Ainda que a onda possa vir a sofrer impactos negativos com o prolongamento do molhe do Porto Comercial, se por um lado o contexto de exceção fará sempre a diferença no que concerne a regularidade de condições para a prática do surf, por outro a proximidade da estrutura fixa do molhe providencia o suporte para a instalação das estruturas necessárias à viabilidade da presente proposta.
Temos, portanto, um contexto de caraterísticas singulares que, com um processo assertivo de valorização, seguramente se transformará num interessante ativo da cidade, transcendendo a escala de proximidade do investimento proposto.
Fica o vídeo da apresentação pública feita em 2010 no "Seminário Impacto do Surf na Sociedade. Centros de Mar - que Futuro?"