A passagem da tocha olímpica pela cidade de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, foi marcada por um feito inédito: a chama olímpica foi ao surf na praia de Marcaípe. O autor da façanha foi Carlos Burle, reconhecido surfista de ondas gigantes do mundo. De origem pernambucana, Burle inovou na condução da tocha. Durante alguns minutos, o surfista brasileiro deslizou nas ondas e proporcionou um espetáculo emocionante.

"Não tem como esquecer o que vivi, aqui. É algo que certamente eu contarei para meus familiares e que guardarei por toda a minha vida. É uma emoção indescritível e algo que me deixa muito emocionado", disse Burle.

Além de Burle, outras personalidades conduziram o símbolo olímpico como, aliás, Gabriel Medina (aqui), JóJó de Olivença, a bodyboarder Neymara Carvalho e a longboarder Chloé já haviam feito anteriormente.

O evento em Pernambuco contou também com a participação de atletas e moradores locais, como é o caso de Atalanta Batista, tetracampeã brasileira e bicampeã sul-americana de longboard.

"Carregar a tocha foi mais do que especial, um momento inesquecível! Apesar de estarmos passando por várias situações difíceis no nosso país, acredito que esse momento foi histórico e único para o esporte, não apenas para as modalidades que já são olímpicas, mas para as modalidades não-olímpicas como o surf, que a partir da olimpíada de 2020 poderá ser incluído. E atletas de uma modalidade não-olímpica carregando a tocha olímpica, a meu ver, foi o primeiro passo para uma mudança. Fico feliz em poder ter feito parte dessa história do Brasil e do mundo", explicou a longboarder.

De Ipojuca, a tocha olímpica regressou ao Recife, onde voltará a desfilar, seguindo depois para Paraíba onde irá passear pelas cidades de Pedras de Fogo, Itabaiana e Campina Grande.