As histórias de terror e crime são conhecidas na cidade do Rio de Janeiro. O local é maravilhoso e esplendoroso, mas as suas praias magníficas escondem uma onda de violência que nem sempre é passível de ser travada. Isto podia ter acontecido em qualquer parte do mundo, numa grande cidade norte-americana, europeia ou da Ásia, mas, infelizmente, aconteceu no Brasil. 

Um dos últimos episódios teve lugar há dias, um pouco antes do Oi Rio Pro, a quarta etapa do World Championship Tour da WSL, ter início em Grumari. Infelizmente, alguns dos surfistas da elite mundial, que fazem parte do show do evento, presenciaram em primeira mão um tiroteio no Postinho da Barra da Tijuca, precisamente o local onde era para acontecer a prova que é considerada uma das zonas mais tranquilas do Rio. 

“Estávamos a caminhar na rua, à procura de algo para comer no almoço, quando ouvimos um som estridente que pareciam ser bombinhas. Um som tão alto que pensei mesmo serem foguetes. Mas depois vimos uma pessoa caída na rua, a tentar montar-se na sua moto, enquanto um outro tipo tentava impedi-lo!”, disse o norte-americano Conner Coffin à Surfline.  

Na verdade, segundo o que a Surftotal pôde apurar, um homem atestava o seu Mercedes numa bomba de gasolina quando foi abordado por um homem montado numa moto que exigiu que este lhe desse o seu relógio em ouro. Em vez de obedecer, o homem reagiu e vários tiros acabaram por ser disparados. O assaltante acabou por ser baleado, mas levantou-se e, mesmo a sangrar bastante, conseguiu montar-se na sua moto e fugir. Uma versão refere que é possível que estivessem envolvidos mais do que um assaltante, com um deles a acabar morto junto à cena do assalto, mas a outra diz mesmo que este fugiu embora estivesse bastante ferido. 

O Brasil é definitivamente uma das cidades mundiais com as mais elevadas taxas de crime violento. A lista de atletas que falhou o evento é vasta e conhecida, uns por lesão outros devido à poluição das águas, assuntos pessoais e até como medida preventiva do vírus Zika. Os motivos são vários. No entanto, estranhamente, ninguém alegou o factor da elevada criminalidade para falhar o Oi Rio Pro.