Bino Lopes, campeão brasileiro, não gostou da mudança de atribuição de wildcards. Bino Lopes, campeão brasileiro, não gostou da mudança de atribuição de wildcards. Foto: Masurel/WSL sexta-feira, 15 abril 2016 15:03

POLÉMICA INSTALADA NO OI RIO PRO

Em causa está o processo de atribuição de wildcards para a divisão masculina… 

 

O Oi Rio Pro é a quarta etapa do World Tour da WSL e só tem lugar em maio, entre os dias 10 e 21, na Barra, Rio de Janeiro. No entanto, a polémica já se instalou em torno do evento internacional brasileiro. 

 

O motivo é a atribuição dos wildcards que este ano mudou de formato, depois de nove anos, e já não será entregue ao campeão brasileiro. Ora, Bino Lopes, que é o campeão profissional em título (ver mais aqui) não gostou da medida e já reclamou junto da organização brasileira - e na praça pública -, fazendo muita tinta rolar pela media sempre atenta do surf brasileiro. 

 

Na verdade são dois os wildcards atribuídos a surfistas brasileiros todos os anos, através da Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro, mas este ano dezasseis surfistas terão que competir entre eles, num evento de triagens, para conseguir uma vaga para o “main event”. 

 

Como é óbvio, Bino Lopes é um dos presentes nas triagens, mas a ele juntam-se os seis melhores classificados do Circuito do Estado do Rio de Janeiro, os quatro melhores cariocas no Circuito Brasileiro, os três melhores cariocas no ranking da Qualifying Series e ainda dois surfistas que serão indicados pelas associações da Barra da Tijuca e de Grumari que estão associadas à realização do CT canarinho. 

 

Entretanto, a polémica passa ao lado da divisão feminina e os responsáveis do Oi Rio Pro já fizeram saber que o wildcard será atribuído a Silvana Lima, surfista brasileira que em 2015 fez parte do Women’s World Tour. 

 

Sobre a polémica, o brasileiro Renato Hickel, que faz parte da World Surf League, comentou: "Em relação aos wildcards, eles são ambos da WSL. No caso do Brasil, sempre demos uma das vagas ao evento. O evento faz o que quer com essa vaga. No caso do Rio, a vaga foi dada para a FESERJ e eles decidiram pela triagem. Não cabe à WSL julgar se essa escolha foi justa ou não. A outra vaga é da WSL e o comissário da entidade (Kieren Perrow) a utiliza como achar mais justo. No ano passado ela foi dada ao atleta número 1 do QS depois do então evento de Saquarema, Alex Ribeiro, hoje no Tour. Poderia ter sido um surfista estrangeiro nessa posição (em vez de Alex). Só para ilustrar, já demos essa vaga a Wiggolly (Fiji) e a Alejo (Margaret River), em eventos realizados fora do Brasil. Recentemente, demos uma vaga no evento de Bells a Mason Ho, um sufista havaiano, e em Margaret River a um surfista da Itália, Leonardo Fioravanti. Portanto, acho perfeitamente normal darmos essa vaga a um surfista estrangeiro também no evento do Brasil (se vier a ser o caso). Não podemos esquecer que esse é um evento do Circuito Mundial e queremos os melhores surfistas do mundo nele."

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