Milhares de pessoas movimentarem-se ontem para assistirem ao Quiksilver em Memória de Eddie Aikau. A prova já não acontece há seis anos e talvez isso justifique o facto da Kamehameha Highway, a estrada que cruza as praias do North Shore, ter ficado entupida às primeiras horas da madrugada. Mesmo assim, a mãe natureza não colaborou e a ondulação que deu à costa não foi suficiente para fazer com que a prova arrancasse.

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“Infelizmente, a Baía não fez hoje o call desejado. O surf não é aquele que esperávamos, a tempestade afastou-se para norte e por isso a prova não vai acontecer hoje”, disse Glen Moncata, mítico diretor do evento que adiantou que precisa de "oito horas e ondas sólidas na casa dos 20 pés para a prova ter lugar".

Desde a primeira edição, em 1984, passaram trinta e um anos e o evento só teve lugar por oito vezes. No entanto, com o fenómeno El Niño a fazer-se sentir pelo Pacífico este inverno, é bem possível que até 29 de fevereiro, último dia do período de espera, este acabe por ter lugar.

Peter Mel, um dos atletas que consta do alinhamento da presente edição, comentou: “Enquanto competidor, é frustrante preparar-me mental e fisicamente para surfar o Eddie e depois ver o evento ser cancelado. Mesmo não fazendo parte do Big Wave Tour da WSL, do qual sou comissário, eu sei bem o quão desafiante podem ser estas decisões de última hora. Esperançosamente, pode ser que o evento ainda venha a ter lugar, mas respeito em pleno a decisão tomada pela Quiksilver.”

A outra questão que surgiu entretanto é se este mesmo swell terá força suficiente para alcançar Half Moon Bay, na Califórnia, e levar por diante o Titans of Mavericks? Vale realçar que esta prova tem lugar pela primeira vez, junta 24 big wave riders de referência e tem lugar amanhã, sexta-feira, 12 de fevereiro.

A organização já veio garantir que sim, que haverá swell, e que a estrutura já está a ser montada no local.