UM ANO SEM RICARDINHO
Fez ontem um ano que o mundo perdeu um dos mais carismáticos surfistas de sempre - o brasileiro Ricardo dos Santos.
Fez ontem um ano que o mundo perdeu um dos mais carismáticos surfistas de sempre - o brasileiro Ricardo dos Santos. Foi precisamente no dia 20 de janeiro de 2015 que Ricardinho morreu, assassinado em Santa Catarina (Guarda do Embaú) por um polícia militar, fruto de uma discussão acesa entre ambos.
Na verdade o crime aconteceu na manhã do dia 19, mas após quatro cirurgias e de perder muito sangue, o surfista acabou por falecer em plena sala de operações no dia seguinte. O atleta tinha apenas 24 anos e, apesar da sua curta carreira, já tinha dado muitas alegrias ao surf brasileiro.
De estilo polido, era um do grandes mestres na arte de entubar, fortemente respeitado a nível mundial, e talvez por isso não seja de estranhar que tenha tenha vencido por duas vezes as triagens de um dos mais importantes eventos da WSL e do circuito mundial, o Billabong Pro Tahiti.
Em 2012, no segundo ano do evento, esteve em evidência ao afastar da prova principal alguns dos grandes nomes do surf mundial, como Jordy Smith, Taj Burrow e Kelly Slater; acabando por isso por receber o troféu em memória de Andy Irons - que é entregue todos os anos ao surfista com mais “go for it” da etapa.
Ricardo dos Santos foi ainda o terceiro brasileiro a conquistar uma capa na Surfing Magazine, depois de Caio Ibelli e Gabriel Medina, fez parte do Code Red, a sessão assustadora que teve lugar Teahupoo e foi um dos team riders da Billabong durante oito épocas.
A sua carreira pode ter sido curta, mas foi seguramente marcante. O brasileiro era carismático e corajoso, aventureiro e determinado. Morreu a pessoa, mas para muitos e para sempre ficou a figura de um ídolo.
Que a sua alma descanse em paz.