São ondas como esta que atraem surfistas de todo o mundo São ondas como esta que atraem surfistas de todo o mundo Foto: DR quinta-feira, 15 outubro 2015 17:26

Pistolas e tiros em disputa por direitos na onda de Macaronis

Resort e barcos que operam na região em querela pelos direitos de surfar.




Tudo aconteceu na passada sexta-feira, quando o skipper do barco Huey 1 - o australiano Steve Sewell -, ancorou em Macaronis, um reef break nas Ilhas Mentawai. Dois dos hóspedes da embarcação remaram para o pico enquanto oito ficaram a relaxar a bordo.

 

Os direitos da onda têm sido reclamados pelo resort de Macaronis, também propriedade de australianos e há cerca de cinco anos, os locais implementaram um sistema que permite aos barcos visitantes ancorar numa das duas vagas disponíveis.

 

Steve Sewell ‘skipper’ do Huey 1, diz que foi abordado por dois oficiais, numa pequena embarcação, com um documento a requisitar que abandonasse o local. Sewell respondeu que o faria, mas não imediatamente. Pouco depois, a embarcação regressou com um homem que se apresentou como polícia. Fred Annesley, um surfista de Margaret River que estava a bordo do Huey 1 relatou que “de repente, ouvi um tiro! Não era uma pistola de brincar, era mesmo um revólver grande”, explicou Annesley, de 67 anos.

 

Steve Sewell, perante a insistência do polícia, chamou os dois surfistas que estavam na água, levantou a âncora e zarpou. Depois de fazer queixa à polícia em Sumatra, Sewell insiste que o resort não tem legitimidade para reclamar. “Eles manipulam a população local. Acusem os barcos de aumentar o crowd, mas a culpa também é do resort. Ainda agora aumentaram a lotação.”

 

Um representante do resort assumiu que a lotação tinha aumentado, mas que ficou estipulado um limite de 20 surfistas por sessão e que a culpa do incidente foi de Sewell que terá sido incorreto com as autoridades - acusação negada peremptoriamente por Sewell.

 

Este incidente veio abalar o espírito relaxado das Mentawais, explica o ’skipper’. “Se chegamos a um pico e está com crowd, esperamos que alguém saia, porque dá para surfar o dia todo. Ninguém deve ter acesso exclusivo a uma onda. É o oceano.”

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