SURFAID. 15 ANOS A LEVAR ESPERANÇA AOS QUE MAIS PRECISAM SurfAid sexta-feira, 17 outubro 2014 15:00

SURFAID. 15 ANOS A LEVAR ESPERANÇA AOS QUE MAIS PRECISAM

"Aprendemos que temos de aceitar os seus valores, ouvir as suas opiniões e agir como intermediários, sem transmitir ideias pré-concebidas sobre o que NÓS achamos que é melhor para eles"

 

“Há 15 anos, estava entusiasmado a fazer as malas com as minhas pranchas para fazer uma viagem à Disneyland do surf, as ilhas Mentawai”, recordou Dave Jenkins, fundador do SurfAid.

 

Na altura, parecia que a vida se encaixava. Estava a subir na carreira profissional e prestes a realizar o sonho de comprar um iate e viajar pelo mundo. Mas a curiosidade é mais forte e com Dave não foi diferente. Após surfar aquela direita perfeita de Lances, conhecida por Lances Right, ao lado da Sumatra, estava sentado no seu barco a observar as crianças que brincavam na praia. “Fui até à vila e por acaso passei por um cemitério e reparei que tinha campas muito pequenas, algumas até recentes. Fiz umas perguntas e quando dei por mim estava a gerir uma clinica, onde tinha 100 pessoas à espera de serem atendidas pelo primeiro médico que colocou ali os pés”, recordou.

 

 

Dave Jenkins deixou a vida perfeita para trás e, com ajuda de alguns amigos, fundou a SurfAid. “Tivemos a sorte de aprender algumas coisas que foram e continuam a ser essenciais para colocar em prática os nossos valores e a nossa filosofia quando atuamos. Aprendemos que as pessoas não precisam de ajuda para fazerem o que elas próprias podem fazer por si, se lhes dermos oportunidade e educação. Temos de aceitar os seus valores, ouvir as suas opiniões e agir como intermediários, sem transmitir ideias pré-concebidas sobre o que NÓS achamos que é melhor para eles, mas sim ajudando-os alcançarem aquilo que eles acreditam ser melhor para a sua comunidade e cultura”, explicou.

 

“Estamos a salvar vidas e a fazer uma grande diferença”, acrescentou, frisando que neste momento estão a construir 396 reservatórios de água e a reabilitar 28 em 77 comunidades, onde o acesso é difícil. “Além disso, estamos a instalar em 35 comunidades postos de saúde direcionados para as mães e para as crianças.” Durante estes 15 anos o trabalho tem corrido tão bem que já estão a expandir o campo de atuação para outros grupos de ilhas, como Mentawai, Nias, Sumba, e Sumbawa.  

 

“Sinto-me honrado com a forma como a comunidade surfista e não surfista nos têm apoiado. O futuro é brilhante”, concluiu.

 

Por Beatriz Silva

 

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