Depois de terminada a ronda eliminatória feminina, o MEO Pro Portugal avançou com a ronda inaugural masculina, com Jordy Smith, Jackson Baker e Jake Marshall. Foi um heat de muita acção, com o sul-africano Jordy Smith a apanhar nove ondas, mas quem levou a melhor foi Jackson Baker, com uma pontuação total de 11.70 pontos (em 20 possíveis). Jordy avançou com Baker para a terceira ronda, e Jake Marshall ficou para trás, e terá que lutar pelo seu lugar na ronda eliminatória.

No segundo heat, os rookies Samuel Pupo e Imaikalani deVault enfrentaram o onze vezes campeão mundial Kelly Slater, mas não se intimidaram. Samuel Pupo começou de forma sólida, com uma onda de 6.50, (em 10 possíveis) e a sua melhor onda, um 8.10, foi também a melhor onda do heat. Com um total de 14.60, o brasileiro garantiu o primeiro lugar. A performance de deVault também esteve à altura, com uma melhor onda de 7.33 pontos que o colocou em segundo lugar. Slater foi persistente na sua procura por uma onda que o retirasse da última posição, mas acabou por não conseguir fazê-lo, e terá que tentar outra vez na eliminatória.

Na entrevista pós-heat, Pupo não escondeu a felicidade por ter conseguido vencer contra Slater. Falou também um pouco sobre o nome na sua lycra: Naomi Osaka. Tal como Kanoa Igarashi, Samuel Pupo escolheu homenagear a tenista japonesa, e entre as razões para essa homenagem listou a sua qualidade como desportista e a sua atitude quanto a questões sociais, nomeadamente o movimento Black Lives Matter.

O heat 3 foi disputado por Seth Moniz, Owen Wright e Lucca Mesinas. Wright terminou na liderança, com Seth Moniz a terminar em segundo e Mesinas, o único peruano no CT, em terceiro. Depois do heat, Wright foi questionado sobre o seu 3º lugar em Peniche em 2018, e sobre o que vai aproveitar desse ano para este. Entre risos, Wright respondeu: “Nada. Passou tanto tempo, já nem me lembro”.

Dia termina em grande com Italo Ferreira, Jadson André e Vasco Ribeiro

A verdadeira emoção começou no heat 4, em que Vasco Ribeiro enfrentou os brasileiros Jadson André e Italo Ferreira – não só porque a praia vibrou com o português na água, mas porque o nível de surf esteve altíssimo. Jadson André foi quem inaugurou a bateria, e descolou num aéreo ousado, que acabou por lhe correr mal, pois a sua prancha partiu-se na aterragem. Enquanto Jadson saía para trocar de prancha, Vasco Ribeiro estreou-se de forma sólida, com uma onda de 4.50 pontos. 

Italo Ferreira foi o último a apanhar uma onda, mas quando começou não voltou a parar. Logo no arranque fez um aéreo que lhe valeu 8.50 pontos. Neste último heat, Supertubos começou a fazer justiça ao seu nome, com os três atletas a optar pelo tubo em um momento ou outro. Mas a manobra rainha foi sem dúvida o aéreo, e o responsável por isso foi o vencedor da bateria, Italo Ferreira. Jadson André ficou em segundo lugar, e, com apenas algumas décimas de diferença, Vasco Ribeiro ficou em 3º.

O português vai ter mais uma oportunidade de se manter em prova quando competir na ronda eliminatória. De resto, falta saber como se sairão Afonso Antunes e Frederico Morais, que devem entrar amanhã, nos heats. 6 e 7, respectivamente.